FOTO: STAFF IMAGES / CRUZEIRO E.C.
Após a derrota para o Fortaleza, no Mineirão, o técnico Pepa falou sobre o sétimo jogo sem vitória da sua equipe no campeonato. Com mais uma atuação ruim e erros que vem se repetindo, a expectativa da pausa de dez dias para correções acabou sendo frustrada. O treinador apontou os motivos dessa queda de rendimento e acredita que o enfrentamento contra equipes com linha baixa vem sendo um dificultador a mais pro seu time:
“Sofremos muito hoje. Ficou bem visível a incapacidade de termos mais paciência e mais critério com uma equipe que marca baixo e de matar a transição. Qualquer bola que eles saíam da pressão era um ruído pra nós. É algo que tem acontecido com muita frequência quando encontramos equipes mais baixas, temos muita dificuldade. Mesmo assim, fizemos um primeiro tempo superior ao Fortaleza, mas sentimos que o jogo estava perigoso. Não se trata só do equilíbrio, mas de ganhar um duelo no momento da perda e não fomos competentes.”
Questionado sobre a sequência sem vitórias, que está quase completando 40 dias, o treinador diz entender a crítica e ressaltou a revolta do vestiário com a má fase. Segundo Pepa, os problemas foram identificados e serão resolvidos.
“Esse tipo de crítica é normal, e eu aceito. Agora uma coisa é certa, e mesmo sem perguntarem quero dizer: O vestiário está revoltado com o que aconteceu, porque trabalhamos muito. Temos que ser mais competentes em pequenos prognósticos. Podíamos ter muito mais do que 14 pontos, mas não vou deixar ninguém entrar em desespero. Sou o primeiro responsável, sou o primeiro em dar a cara e tenho orgulho de representar o Cruzeiro. Não estamos em um bom momento, sabemos o porquê, mas não estamos conseguindo resolver. Mas vamos resolvê-los. Os problemas estão identificados, continuam a acontecer com muita frequência e estamos sendo castigados por isso.”
Confira outros trechos da coletiva:
Falta de gols dos centroavantes:
“Não é só a falta de capacidade de fazer os gols. Já falei aqui, a falta de capacidade quando encontramos uma equipe de linha baixa e estamos a permitir duas transições. Não é desculpa, mas vou ter que falar algo factual: o Richard e o Ramiro ajudavam muito nesse tipo de perda de bola. Mas já não estão conosco há muito tempo. Sentimos muito a falta desses jogadores, mas não pode servir de desculpa para resolvermos esses problemas que começaram a aparecer a partir daí. Somos nós internamente que precisamos resolver.”
Expectativa sobre a chegada de reforços:
“Com ou sem reforços, vou com esse grupo de trabalho até o fim do mundo. Temos que ser nós a encontrar as soluções. Perdemos algumas peças, cabe a mim criar essas dinâmicas para dar a volta a situação. Não estamos a conseguir ter a dinâmica que tínhamos, mas vamos em frente com tudo que temos. Os problemas estão identificados e temos que resolver rápido.”
Aproveitamento da base:
“Nós olhamos e muito, mas isso não é pegar uma cria da base e lançar as feras. Não funciona dessa forma. Funciona com trabalho, conhecê-los bem, prepará-los. Alguns já vão entrando, mas isso é um trabalho que tem o seu tempo, mas está a ser feito. Quem tem esse tipo de condições está sempre preparado pra jogar.”
Mudanças na forma de jogar:
“Nós alteramos. Não jogamos com um volante, por exemplo, como o Richard sozinho de primeiro volante. Hoje o Machado e o Neto, sem bola, estavam nessa situação a dois para dar mais conforto. O grande problema hoje, e não tem sido só hoje, tem sido na perda da bola no último terço. A incapacidade que estamos a ter de proteger os nossos zagueiros. Esse é o nosso grande problema que temos que resolver rápido.”
A Raposa volta a jogar no sábado, quando enfrenta o São Paulo, às 21h, no Independência. Além disso, o time segue estacionado na tabela com 14 pontos, em 10º colocado.