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Cruzeiro

Pepa classifica desempenho como “inadmissível” e aponta ansiedade como principal problema do time

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FOTO: STAFF IMAGES / CRUZEIRO E.C.

O Cruzeiro enfrentou o Goiás, no Independência, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mostrando novamente dificuldade contra equipes que atuam de forma mais reativa, a equipe comandada pelo técnico Pepa voltou a perder como mandante, dessa vez por 1 a 0. O gol marcado pelo Goiás foi do centroavante João Magno, ainda no primeiro tempo. Com a vitória, o Esmeraldino volta a vencer o Cruzeiro em Belo Horizonte, algo que não ocorria desde 2008.

Na coletiva pós-jogo, o técnico Pepa classificou a atuação como “inadmissível” e voltou a criticar a ansiedade da equipe, assim como no empate diante do Coritiba no último jogo, como um dos fatores que prejudicam um melhor acabamento no terço final:

Temos que buscar os pontos fora de casa e continuamos com os mesmos problemas. Precipitação no último terço, a bola parece que queima. Semana passada os problemas foram os mesmos. Temos que criar mais, ter mais calma com a bola, Melhor definição no último terço. É inadmissível o que fizemos em casa, com um apoio tremendo da torcida, mas temos que olhar pra dentro e fazer muito mais. Sou o primeiro responsável. Estamos sempre com os mesmos problemas com times que se organizam mais baixo e somos nós que temos que resolver esses problemas. A bola parece que queima e assim fica difícil ter mais discernimento e isso reflete em tudo quando estamos com a bola.

Confira outros trechos da entrevista:

Desempenho de Mateus Vital e cobranças/vaias da torcida:

“A cobrança é enorme e temos que saber viver com isso. Temos que conseguir fazer mais, e em termos individuais, não só o Vital, e estou a falar do que ocorre dentro de campo, é um sentimento de frustração. Tivemos uma semana muito boa com qualidade e intensidade, vínhamos com confiança para este jogo porque os sinais da semana foram esses. Chegamos no jogo e não conseguimos transferir o trabalho da semana. Temos que refletir e buscar os pontos fora de casa. Nós, como mandantes, não estamos conseguindo aproveitar dessa torcida fantástica. Éramos falados de uma equipe muito pressionante e forte nos duelos, e estamos a cair. Temos que voltar e vamos voltar.”

Questionamento sobre voltar a substituir o Wesley e justificativa pelas mesmas substituições e os onze escolhidos:

Trabalhamos muitos no dia a dia, e nos agarramos àquilo que a semana nos dá. O que a equipe tem feito durante a semana, trabalhou no limite e muito bem, Tinha confiança no onze escolhido. Em relação as opções, há jogadores que estão a melhorar seu índice físico, é tudo uma questão de tempo para oportunidades e opções também.”

Análise sobre Matheus Pereira e Arthur Gomes. O primeiro compareceu ao estádio, mas ainda negocia com o clube, enquanto o segundo já foi oficializado e treina com o elenco:

“Só posso falar de jogadores oficializados. Sobre o Arthur, está a fazer o trabalho normal de recuperação, a condição física é muito importante e o risco de lesão é enorme. É mais um jogador que vem ajudar não só nas opções como nas características que tem. Acreditamos que vai nos ajudar.”

Queda de desempenho ao longo do Campeonato:

“Já fomos muito mais verticais e objetivos. Estamos a enrolar muito jogo, demorar muito a chegar no último terço. Como disse anteriormente, os sinais durante a semana são muito bons, depois é tudo vira uma bola de neve. Por más decisões e precipitação, e as vezes essa questão individual só é resolvida de forma coletiva. Temos que nos fechar mais e ter essa capacidade de perceber que no futebol o principal é estar com muita energia, intensidade e capacidade nos duelos. Hoje, mais uma vez, no próprio gol sofrido, faltou capacidade de pressão. Temos que ser mais efetivos no nosso meio-campo defensivo, o que não fomos.”

Reclamação do Gilberto sobre a bola não chegar em boas condições para os atacantes:

“A bola não chega redonda porque estamos precipitados. Tem tudo a ver com as decisões, a qualidade técnica existe, mas estamos tomando más decisões. Principalmente em casa. Temos que tirar proveito dos jogos como mandante, e as vezes a bola queima. Essa questão temos que melhorar e ter prazer em jogar em casa.”

Com a derrota, o Cruzeiro permanece com 22 pontos, mas caiu de 10º para 11º colocado. A vantagem para o 17º (Bahia), está em oito pontos. A equipe agora terá seis dias de preparação até o duelo contra o Athlético Paranaense, no próximo sábado (29), às 18h30.