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Cruzeiro

Pepa fala sobre sua filosofia, atuação de Wesley e reforça apoio fundamental da torcida

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FOTO: CRIS MATTOS / STAF IMAGES / FLICKR / CRUZEIRO

A vitória do Cruzeiro sobre o Santos, por 2 a 1, na tarde do último sábado (7) trouxe diversas reflexões a Pepa sobre o momento da equipe, seu trabalho, as opções de elenco e algumas análises a respeito de alguns atletas de forma individual, como Wesley, autor dos dois gols da Raposa na partida, e Henrique Dourado, que fez sua estreia.

Na coletiva pós-jogo, Pepa já mostrou estar ansioso pra ver o seu time atuando no Mineirão, contra o Fluminense de Fernando Diniz e fez uma consideração importante sobre o bom início de Série A do Campeonato Brasileiro, deixando claro que nem mesmo o bom momento pode tirar o time do seu foco e da sua realidade.

Confira os principais pontos da coletiva do técnico Pepa:

Filosofia de trabalho

“São todas (vitórias) muito importantes. São sempre três pontos em disputa. Mas hoje, eu tenho que realçar dois aspectos importantes. A entrega e a raça dos jogadores, foi uma união tremenda. E foi marcante o que aconteceu no estádio, com a torcida empurrando. Ajudou-nos muito. Tivemos que sofrer, o Santos do meio pra frente tem uma qualidade impressionante. E quando nós sofremos o gol do empate, o estádio começou, a torcida puxou a torcida e isso foi impressionante. Parecia que nossa energia estava a cair e a do Santos a subir – e estava – e nós a partir do empate voltamos a pegar no jogo. Voltamos a dominar o jogo. Os últimos 10 minutos foram um bocado de sofrimento. O jogo alterou um pouco. Entramos bem, entramos forte, o Santos, com o gol sofrido, começou a pressionar mais alto. Nós não tivemos a capacidade de mudar o chip, ou seja, a ideia de jogo. E tínhamos que colocar os nossos pontas mais em profundidade, tínhamos muito espaço nas costas da linha defensiva. Tivemos muitas perdas de bola com equipe aberta, queríamos jogar sempre no pé, mas deveríamos procurar mais a profundidade. Foi um jogo muito intenso, é sabermos sofrer e perceber que o jogo tem 90 minutos.”

Importância da torcida dentro de campo

“A forma como todos o recebemos (Bilu) no vestiário, até a forma que todo o banco, o Jussa até levou amarelo, como festejou o Wesley, é sinônimo da família que temos ali dentro. Porque todos sentimos quando um colega nosso não está com rendimento bom, quando não está tão bem. Fico muito feliz pelo Wesley e triste pelo Bilu. Em relação ao Mineirão, já estou arrepiado. Se com 20 mil já é uma sensação impressionante, de pressionar o adversário naquilo que podem e sentirem representados… eu nunca joguei contra 40, 50 mil a apoiar, já joguei contra, Porto, Benfica, Sporting… mas vai ser algo que vai ser marcante. Temos que nós dentro de campo tornamos essa força ainda maior. É tudo casca grossa. Nós temos que ser sempre organizados e competitivos.”

Aproveitamento do Wesley

“Nosso elenco tem mais de 2 jogadores por posição. É uma questão de opção. Hoje a opção do Bilu, aquilo que identificamos no Santos, podia jogar o Maicon, o Lucas Pires dá muita profundidade, sabíamos que era importante colocar um ponta direito rápido, não só pela profundidade, mas pra forçar o jogo interior. Os zagueiros do Santos são muito fortes de frente pro jogo, mas com bolas rápidas tem algumas dificuldades. Em termos de estratégia, correu muito bem. As opções, nós contamos com todo. É uma questão de cansaço, da semana, de treinar bem, no limite. A confiança é total em todos e todos precisam estar preparados.”

Organização defensiva e construção de jogadas

“A organização começa na frente, isso é o segredo. Não podemos baixar nem um milímetro do que trabalhamos. Nós temos que estar sempre preparados. O jogo de cobertura é importante. Sobre o VItal, jogou muito tempo como ponta, o rendimento dele tem sido muito bom, falamos muito com ele e acreditamos que ele pode dar mais. Uma coisa é jogar no corredor, o Vital tá no corredor central e está a se adaptar a uma nova forma de jogar e o rendimento tem sido muito bom e tudo pra continuar a melhorar.”

Começo positivo de Brasileirão

“O importante é não andarmos de salto alto. O que tá feito, tá feito e bem. Mas o pensamento é já no Fluminense, no Mineirão. É somar pontos e pedir esse apoio, é o ano de volta da Série A e em casa temos que ser fortíssimos. É ter paciência e ter os pezinhos no chão. Este apoio da torcida, que não nos abandonem nunca.”

Situação de Wesley

“É difícil pros jogadores se afastarem do que foi o investimento. Mas tem que ter essa capacidade. Esquecer investimento, esquecer folha salarial, esquecer idade, esquecer o passado. Aqui não interessa, aqui é confiança. Wesley trabalha muito bem, o grupo gosta muito do Wesley. Agora é aquela fase, há coisas que não controlamos em termos de emoção. A confiança é total em todos, fiquei feliz por ele. Tem que haver cobrança, mas é um jogador que tem gol, o que fez hoje, faz muito no treino. Esperar que todos tenham paciência pelo momento. Não posso esquecer do Stênio, do Daniel Jr, do Nikão.”

Próximo confronto: Fluminense

“Não há tempo de festejar. Eu não vou jogar contra o Diniz. O trabalho do Diniz é fantástico no Brasil. O passado fala por si. Vamos ter tempo, vai ser um jogo desafiante, estamos ansiosos que chegue. Mas não há Pepa contra Diniz.”

Estreia de Henrique Dourado

“O Dourado vai ser muito importante para nós, por tudo. Pela própria gestão do Gilberto, que trabalha, trabalha, trabalha e trabalha. E com o tempo esse tipo de jogos que vai tendo, ele vai subindo sua condição física. É um jogador de volume ofensivo, é com cruzamento, com mais oportunidades, mas isso é mais um sinal daquilo que nós precisamos. O Dourado entrou com o propósito de dar tempo de atacar a equipe, de segurar a bola e ajudou muito a equipe naquele momento. Ele correu, trabalhou. Quando estamos dentro de campo temos que dar tudo que equipe precisa e ele alterou as características em prol da equipe.”