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Cruzeiro

Pezzolano fala em jogo de “dois momentos” e reitera uso do Mineiro para testar jogadores e formações

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IMAGEM: REPRODUÇÃO / YOUTUBE / CRUZEIRO.

O Cruzeiro conheceu sua primeira derrota na temporada de 2022. O time foi derrotado no Mineirão pelo América, por 2 a 0, em um jogo marcado por erros de arbitragem e que levantou muitas dúvidas a respeito do time que foi a campo. Apesar de começar bem e ter certo domínio do jogo, o Cruzeiro sucumbiu após a expulsão de Waguininho ainda na metade do primeiro tempo. Só na volta do intervalo que o time voltou a se encontrar.

O técnico Paulo Pezzolano foi questionado sobre o jogo e deixou claro que viu dois momentos do time: o primeiro, que correspondeu ao esperado, antes da expulsão, e o segundo, que precisou conter o ímpeto do América com um jogador a mais.

“O jogo teve dois momentos. Um jogo antes da expulsão e um jogo depois da expulsão. Uma coisa é jogar com um jogador a menos por 20 minutos, 25 minutos. Outra coisa é jogar 80 minutos com tempo adicional e tudo. É muito tempo para os jogadores, por uma questão de intensidade e tudo. Mas eu fiquei tranquilo, os jogadores correram muito até o final. A primeira parte do jogo eu acho que fomos superiores. Fizemos um gol, que foi anulado. Tivemos o controle do jogo até a expulsão. Depois da expulsão, sim, começaram os problemas, é normal. Jogador queria pressionar, mas com um jogador a menos, num campo muito grande, é muito. No segundo tempo ainda fomos superiores nos primeiros minutos, mesmo com um jogador a menos. Podíamos ter convertido um gol, mas não saiu. É normal, com um jogador a menos eles ficam cansados. Temos que levantar a cabeça, mas estou contente com meus jogadores, que correram até o final.”

O técnico também foi questionado sobre esse momento em que sofreu sua primeira derrota, depois de iniciar o trabalho com duas vitórias em que o time mostrou evolução. Pezzolano ainda citou que perder a cabeça após ver um injustiça dentro de campo é normal, mas que isso precisa ser melhor trabalhado.

“Normal é estar na bronca. Saímos todos os jogos para ganhar. Ficamos mal. As vezes um erro humano muda o jogo. Pode ser um erro de jogador, meu, do árbitro. Mas o vestiário está bem, doído, mas bem. Fica difícil, mas temos que estar recuperando a cabeça. Esse jogo não ganhou o América, perdeu o Cruzeiro. Temos que superar. Toda a bronca que fica hoje, temos que depositar no próximo jogo.”

“Cometemos erros. Perdemos um pouco a cabeça quando vemos uma injustiça dentro do campo. Mas arrumamos no segundo tempo. Erramos por seguir pressionando, por ir pra frente. Mas o time adversário também joga, né?! Depois de certo tempo, ficamos cansados. Mas vou ficar com o positivo, com os jogadores e com a torcida que não parou de cantar. Temos que arrumar isso, se perdermos a cabeça, temos que arrumar, trabalhar, mas sempre errar por ir pra frente, pra fazer coisas pra empatar e ganhar.”

O técnico também respondeu sobre seu planejamento para a temporada e reiterou o que já havia dito antes, quando deixou claro que usaria o estadual para dar rodagem aos jogadores e fazer testes tanto de elenco como de formação. O objetivo, de acordo com Pezzolano, é ter um elenco pronto e adaptado ao estilo proposto para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B.

“Sim, a ideia é seguir vendo os jogadores. Vendo diferentes formações. Às vezes vamos trocar formações para ver como nos adaptamos a isso. Nós temos que chegar fortes no Brasileirão. O objetivo é subir de divisão. Todo jogo para nós não é amistoso, saímos pra jogar com o coração na mão e deixar tudo pela camisa e pelo escudo. No mais, vamos seguir vendo jogadores. Sei que a torcida não gosta, gosta mais de um único time titular, mas se eu fico nisso, chegaremos muito cansados no Brasileiro. Sigo vendo os jogadores para verem como eles competem, como se adaptam às características do modelo de jogo que nós queremos. Isso é o importante. Vamos seguir mudando e vendo diferentes soluções que temos, para ver se temos que trazer novos jogadores ou não, se temos que reforçar algo, o importante é ser competitivo. Hoje ficamos com muita dor, mas o Cruzeiro foi competitivo, não gostamos de perder.”