FOTO: FLICKR / CRUZEIRO
Uma derrota com um gosto não tão amargo, diante de um jogo que mostra o contraste entre o nível das equipes. Cruzeiro e Fluminense fizeram um jogo que poderia ter tomado caminhos bem piores do que a derrota por 2 a 1 na noite desta quinta-feira (23) no Maracanã.
Em entrevista coletiva após a derrota, Paulo Pezzolano falou sobre a superioridade do Fluminense em campo, sobre as suas escolhas para a partida – tanto as que iniciaram, quanto as opções de substituição – e ressaltou que o foco segue em continuar o bom desempenho no Campeonato Brasileiro da Série B, em busca do acesso.
Pezzolano começou elogiando a postura e o time do Fluminense, mas deixou claro que a partida de volta, no Mineirão, será uma história diferente e que o resultado deixa a disputa em aberto.
“Fomos superados no jogo, sem dúvidas. Tem muita qualidade (o Fluminense), qualidade individual, coletiva. Nós tentamos começar a fazer o que fazemos sempre. Era uma equipe mais forte que fez as mesmas coisas. Ficar por um gol, é um resultado que fica aberto.”
“Lá no Mineirão vai ser outra coisa. Sabemos que a torcida vai puxar muito para nós. Vai ser um jogo lindo, vamos com esperança, com a gana e com a fé para dar a volta na chave.”
Sobre as escolhas que utilizou no seu time, iniciando com Felipe Machado no meio de campo e Rodolfo no ataque, Pezzolano ressaltou o papel que ambos poderiam desempenhar no desenho tático
“A intenção era fazer o que tentamos no início do jogo, ter intensidade pra impressionar, Machado recupera a bola, é intenso, dinâmico para isso. Rodolfo também ajuda muito o Edu. Necessitamos de jogadores que corriam muito hoje. Mas não deu, não por Machado ou por Rodolfo, mas pela equipe. Eles foram superiores. E tem que saber quando o rival é superior e eles foram superiores. Fica a frustração, porque os jogadores dentro de campo queriam fazer, mas eles também, eles não erraram, tem uma qualidade. O importante é agradecer aos jogadores, como correram até o último minuto.”
Questionado sobre optar pela entrada de Vitor Leque, que não atuava há mais de dois meses – sua última partida havia sido contra o Brusque, na 2ª rodada da Série B – e também sobre a ausência de Daniel Jr., Pezzolano pediu paciência com os jovens e aproveitou para falar sobre Geovane Jesus, que foi expulso ainda no primeiro tempo da partida contra o Fluminense e a utilização do zagueiro Pedrão, de apenas 18 anos.
“Temos que saber quando colocar esses jogadores. Não é colocar por colocar. Geovane vem fazendo jogos espetaculares, hoje ele não foi expulso, todos fomos. É um menino em crescimento, já fez gols a favor e assistências. Dani está crescendo dia a dia, tem que saber quando colocar. Hoje foi o Leque, e eu fiquei muito contente. Hoje ele aproveitou a oportunidade e fiquei contente. Quer dizer que amanhã vai jogar? Não. Mas fiquei contente. Hoje entrou Pedrão, 18 anos, um orgulho vê-lo jogar. Pode fazer melhor? Claro, 18 anos. Mas é o processo. São jogadores de médio, longo prazo.”
Por fim, o técnico falou sobre manter o foco no principal objetivo do Cruzeiro na temporada, que é buscar o acesso. E disse que a Copa do Brasil atrapalha um pouco o planejamento da equipe, principalmente levando em conta o número de jogadores que tem à disposição no elenco.
“Estamos tranquilos. Hoje a Copa do Brasil não é a realidade do Cruzeiro. Falei na semana passada, a história do Cruzeiro merece a Copa do Brasil e muito mais. A realidade do Cruzeiro não é a Copa do Brasil. Mas temos a esperança. Viemos ser competitivos. Esse jogo sem dúvida atrapalha, assim como uma equipe de primeira divisão se não tem plantel longo, quando está em Copa Sulamericana e Libertadores, atrapalha no Brasileirão. É normal. Essa Copa vai atrapalhar um pouco, mas estamos trabalhando para estar bem para o próximo jogo.”