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Cruzeiro

PÓS COPA: DEFESA ARRUMADA, ATAQUE ARAME LISO

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A parada pra Copa América chegou com o Cruzeiro em situação calamitosa em termos de desempenho e resultados. Terminamos o primeiro semestre na zona de rebaixamento (17°), pior defesa do campeonato ao lado do Fluminense (16 gols sofridos) e há nove jogos sem vencer, avançando na Copa do Brasil nos pênaltis contra um Fluminense que foi melhor na somatória dos dois confrontos. O retorno foi contra o maior rival, pelas quartas de final da Copa do Brasil afundados numa crise histórica. Massacramos por 3×0 com apenas 18% de posse no ataque, explorando bem os contra golpes com 7 finalizações (5✓), com o rival finalizando 1 vez a cada 66 passes sem conseguir penetrar nossa área.

Segundo o Footstats, o Cruzeiro lidera o ranking de finalizações necessárias para sofrer um gol. Com os adversários finalizando uma média de 33 vezes (8,5✓) para conseguir marcar. Athlético Paranaense – 21,0 (7,5✓) Bahia – 19,0 (8,3✓) Inter – 17,3 (4,3✓) Grêmio – 13,0 (4,7✓) Flamengo – 10,5 (3,3✓) Fluminense – 8,8 (4,5✓) Palmeiras – 8,3 (5,2✓) Cam – 5,7 (2,8✓) completam a estatística. Um sinal claro de que, se antes da parada o sistema defensivo estava em colapso, agora voltamos a proteger bem nossa área.

Por outro lado, se a defesa melhorou, o ataque ainda carece de recuperação. Apesar da vitória e classificação na Copa do Brasil, vencemos apenas 1 jogo dos últimos 14. Ou seja, depois de parar de sofrer tantos gols, agora é necessário voltar a marcar. Contra o River Plate, foram apenas 5 finalizações, nenhuma certa. Trocamos 64,2 passes até finalizar e após a parada são apenas 13 finalizações certas em 5 jogos (22 no total), média de 5,5P/J (3,25✓). Só marcamos gols no jogo de ida da Copa do Brasil, nas outras três partidas passamos em branco (ainda que Pedro Rocha e Marquinhos Gabriel tenham marcado em impedimento contra rival e River). 

No Brasileiro, somos apenas a 12ª equipe que mais finaliza com 122 finalizações totais (50✓), aproveitamento baixo de apenas 41%. Precisamos de 13,5 conclusões para balançar às redes e temos uma média de 11 finalizações por jogo. Na Libertadores, apesar de sermos o 14ª que mais finaliza com 76 finalizações totais (26✓), temos o 5° melhor ataque dentre os clubes no mata-mata, com 11 gols marcados e média de 1 gol a cada 6,9 finalizações. A eficiência apresentada na competição Sul-Americana precisa ser transferida agora pro Brasileirão. 

É importante seguir avançando nos mata-matas, principalmente pela chance de fazer história podendo conquistar a Copa do Brasil pela terceira vez consecutiva, além do sonho do tri da América. Contudo, o longo jejum de vitórias demonstra uma dificuldade do técnico Mano Menezes em conseguir mobilizar seus jogadores para jogarem nos pontos corridos, além da nítida dificuldade em tornar o time mais vertical e propositivo. Se após a parada a defesa melhorou, o ataque segue arame liso e precisamos voltar a vencer para deixar de flertar com o rebaixamento.

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