
FOTO: REPRODUÇÃO / FLICKR / CRUZEIRO E.C.
O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, em entrevista à rádio 98FM nesta quinta-feira (15) voltou a comentar sobre as diversas situações que vem enfrentando no comando do clube. O presidente não se esquivou de responder sobre protestos e também sobre um pedido de impeachment protocolado por um grupo de torcedores na última quarta-feira (14) junto ao presidente do conselho, Nagib Simões.
Entre os assuntos comentados, Sérgio falou sobre a rejeição que vem sofrendo de uma parte da torcida, ressaltando que isso não representa a totalidade dos cruzeirenses e atrelou isso diretamente ao resultado do time em campo.
“Rejeição vai haver e acho que a grande maioria das vezes isso decorre de resultados sobre o campo. Então quando tá tudo bem dentro de campo, entende-se que está tudo bem e a gente está bem. E quando está mal, vem a rejeição. Eu passei por esse ciclo ano passado. A gente começa muito bem, com aprovação alta, aí vem aquele período do Enderson mal e do Ney (Franco) mal e rejeição absurda, protestos também. Vem o Felipão e conseguimos ficar bem, novamente aprovação, aí depois não fomos, cai. Vem o Felipe Conceição que todos queriam no começo, volta a ficar bem. Eu atribuo muito a isso também.”
Sérgio também foi enfático ao dizer que, além das cobranças, também recebe apoio, além de ressaltar que existe uma diferença entre aqueles que cobram não representarem em totalidade a torcida do Cruzeiro.
“Eu só deixo claro que não concordo e já falei isso, que rede social e certos tipos de manifestação representem os 9 milhões de torcedores do Cruzeiro. Tanto que eu insisto nisso: eu ando tranquilamente, vou no aeroporto, tenho viajado frequentemente. A gente desce pra almoçar e temos a grande maioria das manifestações positivas. As pessoas cobram sim, com razão, porque é claro que eu também não estou satisfeito.”
Sobre o pedido de impeachment, protocolado na última quarta-feira (15) por um coletivo de torcedores autodenominado “Sociedade Democrática Cruzeirense”, que apresenta tópicos onde Sérgio poderia, supostamente, ser responsabilizado por gestão temerária e irregularidades, o presidente foi enfático ao rechaçar tal documento e dizer que o objetivo por trás seria de tumultuar o ambiente do clube.
“É uma peça de comédia. Não é uma peça jurídica. Eu acho que, pra não dizer outra palavra, além da má intenção, de querer só tumultuar mais o ambiente, foi feito de uma forma nada inteligente. Os tópicos que estão ali colocados é, sinceramente, se não fosse um motivo pra ficar rindo, era de rir. Na hora que eu fui ler e tive acesso, demissão do Felipe Conceição. Isso é motivo de impeachment? Demissão de técnico? Sendo que não foi demissão, já foi explicado mil vezes o que que aconteceu. Mudança de sede pra gerar economia, como hoje saiu uma reportagem no jornal O Tempo sobre isso, falando da economia que a gente fez e isso é numericamente comprovado. Afastamento de patrocinador que tava com a gente hoje. Corte de luz que a Cemig falou que cortou errado. É ridículo, a gente vê que é um movimento feito por poucos, que acho que o grande sonho seria estar aqui, não tiveram a competência de trilhar um caminho pra estar aqui, até porque eu sempre falo isso, minha história no Cruzeiro tem 10 anos de serviços prestados de forma gratuita, talvez por isso que eu tenha sido eleito e depois reeleito por aclamação pelos meus pares conselheiros. Então tem gente que quer frequentar clube social e ficar lá tomando cerveja e assumir poder no Cruzeiro assim. E não é assim que aqui funciona. Primeiro você tem que ter serviços prestados pro Cruzeiro e ter coragem de assumir isso.”
O próximo compromisso do Cruzeiro é no próximo sábado (17) contra o Avaí, jogo válido pela 12ª rodada da competição, às 16:30h, no Mineirão. Atualmente, o time ocupa a 14ª colocação na tabela do Campeonato Brasileiro da Série B.