Presidente esclarece venda de Caio Rosa e justifica compra de Claudinho: “Tem mais minutagem profissional”

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FOTO: IGOR SALES / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.

Reeleito presidente do Cruzeiro por aclamação para o triênio 2021-2023 na tarde de ontem, o presidente Sérgio Santos Rodrigues concedeu entrevista coletiva na manhã dessa quinta-feira, na sede administrativa do clube, no Barro Preto. O mandatário comentou por um longo tempo sobre o momento difícil vivido pelo Cruzeiro, os desafios da sua gestão tanto pela fase ruim do time dentro de campo como também pela grave situação financeira que o clube atravessa.

Dentre os tópicos abordados, justificou que a saída de alguns jogadores também foi feita de modo a aliviar a folha de pagamento, como a negociação do zagueiro Edu, de 18 anos, com o Athlético Paranaense. Segundo o presidente, seu salário era incompatível com sua posição de sexto zagueiro no elenco. A venda de Caio Rosa, jovem promessa de 19 anos ao mundo árabe por R$ 3,3 milhões e a contratação de Claudinho por valores próximos a venda realizada também foi questionada e respondida pelo mandatário.

Tem que fazer matemática. O Claudinho não veio pelo preço do Caio, veio por 55% do preço do Caio e o Claudinho tem uma grande diferença que é a minutagem no futebol profissional. Claudinho jogou Paulista esse ano e clássicos, então tem uma experiência de futebol profissional, essa é a grande diferença dele pro Caio. Caio tem poucas atuações no profissional e o Claudinho tem grande. Tanto que era objeto de vários clubes, não só do Cruzeiro, tamanha a repercussão que ele tinha. Se a gente trouxer no preço e forma de pagamento, ainda temos muito a pagar dele, gastamos muito pouco, garantiu.

Claudinho subiu aos profissionais da Ferroviária após a Copa São Paulo de Futebol Júnior onde marcou dois gols em quatro jogos. Sob o comando de Sérgio Soares, disputou oito jogos pelo Paulista, todos como titular, e três jogos pela Copa do Brasil, marcando dois gols. Enfrentou clubes tradicionais como Palmeiras (atuou por 65 minutos), São Paulo (atuou por 65 minutos), Santos (90 minutos) e Ponte Preta (72 minutos). Totalizou 875 minutos em 11 partidas

Já Caio Rosa viveu um verdadeiro “sobe e desce” no ano de 2020. Foi vice-artilheiro do Sub-20 em 2019 com 10 gols e segundo maior garçom com 7 assistências em 37 jogos. Com Adilson Batista atuou apenas 58 minutos em dois jogos do Mineiro. Com Enderson Moreira retornou à base, foi promovido e acabou retornando ao Sub-20 sem receber chances. Foi chamado aos profissionais por Ney Franco após fazer dois bons jogos pelo Brasileiro Sub-20, entrou contra Ponte Preta e Cuiabá e foi negociado. Ao todo, totalizou 111 minutos nos profissionais e seis meses entre uma chance e outra.

Chamou a atenção que nesse período, jovens que ainda não haviam se firmado no Sub-20 tenham passado na sua frente como Alexandre Jesus (5 jogos como titular com Adilson), Stênio (6 jogos como titular com Enderson Moreira) e Riquelmo (3 jogos com Enderson Moreira, dois como titular). Problema que Claudinho não encontrou na Ferroviária, já que o treinador em exercício acreditou no seu futebol e proporcionou sequência. 

Sérgio Rodrigues continuou sua explanação e esclareceu que a venda de Caio Rosa pelos valores apresentados estava de acordo com sua passagem pelos profissionais. Por outro lado, jogadores como Cacá, Jadsom e Maurício terão uma precificação diferente, já que possuem mais minutos e bagagem com o elenco principal.

A ideia que a gente passa pro mercado é essa, tanto que recusei proposta pelo Cacá. Vai da nossa análise do que é bom ou ruim. O Caio é um menino da base do Cruzeiro, muito bacana, pessoa do bem, mas nós temos que analisar toda a situação. O Caio não vinha jogando e depois fez poucas atuações pelo time principal, ai fez duas boas partidas no Sub-20 sem dúvida nenhuma. Veio um tipo de proposta agora que a gente entende que era adequada sim pro momento. Não adianta ficar recusando ou insistindo porque posso ter um grande elenco, mas se não tiver pagando salário não adianta de nada. O recado que dou desde o começo, não existe jogador do Cruzeiro que a gente não vai vender. Todos se chegar proposta factível estão a disposição para serem vendidos. (…) a gente recusou pelo Cacá, por exemplo. Se estivesse vendendo a qualquer preço teria aceitado a proposta do Cacá que não foi baixa, ressaltou.

O Cruzeiro tem chance de deixar a zona de rebaixamento nesta quinta se superar o Sampaio Corrêa, às 18h30, no Mineirão, pela 14ª rodada da Série B do Brasileiro. A equipe maranhense não perde há seis jogos (três vitórias e três empates).

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