QUEM NÃO ATACA, PERDE.

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Com mais de uma hora de atraso devido ao apagão dos refletores da Arena Condá, o Cruzeiro foi derrotado pela Chapecoense por 2×0 (Bruno Silva e Elicarlos) e dá adeus a sua sequência de quatro jogos de invencibilidade. Burocrático em campo, a Raposa não fez questão de vencer em nenhum momento durante os 90 minutos e, assim como os refletores, teve uma atuação apagada.

O jogo

A partida começou truncada, com os dois times se estudando e não arriscando em suas ações. Como de costume, a Chapecoense apostava na velocidade do Apodi pela direita e nas bolas longas buscando Wellington Paulista e Arthur Caíke com intuito de ganhar segundas bolas pelo alto. Com apenas um chute certo durante toda a partida, não é difícil afirmar que o Cruzeiro simplesmente não conseguiu produzir ofensivamente. Thiago Neves e Robinho, responsáveis pelo diferencial da equipe, novamente foram muito mal e não conseguiram desequilibrar ao nosso favor. Sassá, lesionado ainda no primeiro tempo, deu lugar a Raniel.

Thiago Neves, novamente, esteve abaixo do que pode render. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.

No segundo tempo, o cenário pouco mudou. As duas equipes pareciam satisfeitas com o empate. Porém, o dedo técnico pesou contra nós. Ao tirar Thiago Neves para colocar Lucas Romero quando o jogo ainda estava empatado, Mano Menezes sinalizou que não fazia questão de atacar e, consequentemente, vencer. Bruno Silva, que defensivamente esteve bem, foi deslocado para direita mas não conseguiu agregar ofensivamente. Aos 34′, Apodi avançou pela esquerda, nas costas de Egídio, e cruzou para o meio da área. Bruno Silva se antecipou a Dedé e Edílson e empurrou para às redes. O gol foi irregular, já que a bola tocou no braço do atacante, mas o juiz validou.

Atrás do placar, Mano lançou o jovem Marcelo no lugar do Bruno Silva. A alteração não trouxe diferença a equipe. A falta de criatividade e mobilidade do Cruzeiro era latente. Para sacramentar o péssimo desempenho, Elicarlos acertou um belo chute aos 49′ e decretou a derrota azul.

A postura e às mexidas planejadas por Mano Menezes não surtiram efeito. Se não atacar, não vence. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.

Sinal de alerta

Como abordado no pré jogo, a dificuldade do Maior de Minas vem sendo a pontaria. Contudo, a falta de um velocista mostra-se extremamente prejudicial ao modelo de jogo estrelado. Thiago Neves e Robinho não vivem grande fase, Rafinha e, principalmente, David, contratado a peso de ouro, não saem do DM. A diretoria precisa se movimentar no mercado para equilibrar o elenco. O sinal de que o time carece desta peça fica evidente a cada jogo que não conseguimos marcar o primeiro gol da partida para poder se defender e proteger o resultado.

Com a derrota, o Cruzeiro cai para 6ª colocação, podendo ser ultrapassado por Grêmio, Internacional e Fluminense, 11° colocado. A derrota foi dura, mas a pausa para Copa surge como uma oportunidade de ouro para colocar o barco de volta à rota.

Saudações celestes.

Foto de capa: Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.

#MeDibre

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