Já nos primeiros dias da nova chapa, os discursos de Wagner Pires e sua equipe foram no sentido de que se faria necessária uma ampla reforma administrativa para otimizar o serviço e reduzir custos. Chegaram até mesmo em falarem na criação de um departamento de compliance.
No discurso, tudo muito bonito e correto. Contudo, na prática, o que conseguimos assistir nesse pouco mais de 6 meses foi justamente o inverso.
Assim como ocorre no âmbito estatal onde há, em todas as esferas públicas, um flagrante inchaço da máquina pública e comprometimento das contas como um todo, a gestão de Wagner Pires vem copiando ipsis literis o malfadado modelo de gestão estatal de gastar mais que arrecada para cumprir acordos com os “aliados”.
No âmbito federal, as casas competentes para fiscalizar e cobrar esse inchaço da máquina estatal seriam, diretamente, as casas da Câmara dos Deputados e do Senado. Como, na maioria das vezes, membros de ambas casas se beneficiam desse “inchaço” pouco ou quase nada é feito a título de cobrança. No frigir dos ovos, quem acaba pagando o pato é o povo que tem que suportar pesada carga tributária para manter essa prática nefasta.
No Cruzeiro, o órgão diretamente responsável por zelar pelas práticas promovidas seria o Conselho Deliberativo.
Contudo, a prática estatal foi igualmente copiada no âmbito do Cruzeiro e o resultado final provavelmente não poderá ser outro (não há como esperar jabuticaba de mangueiras, ou manga de jabuticabeiras…).
Vários desses novos e antigos cargos vieram a ser ocupados por conselheiros do clube, parentes desses ou amigos da atual diretoria.
Desde a criação de Diretor de “Gastronomia”, por exemplo; aproveitamento de uma série de pessoas em diversos cargos por conta de nomes e sobrenomes de influentes conselheiros celestes, até a imposição de remuneração de algumas centenas de mil reais para cargo de Diretor de Futebol (cargo que não tinha custo algum), a prática de um crescimento desenfreado da folha de pagamento tem sido marca da atual gestão.
Tirando o fato de que o Cruzeiro não tem a prerrogativa de aumentar impostos ou criar novas fontes de custeio desse inchaço de contas, a criação de cargos remunerados em casos que antes sequer haviam essas cadeiras tem sido uma prática comum. A única fonte de custeio dessa máquina toda é e será o futebol profissional (que também abarca a base) que também vem sofrendo com a dispensa de profissionais das respectivas áreas para que “amigos do rei” pudessem ocupar os cargos.
Na maioria das vezes, as pessoas que passaram a ocupar os cargos estão lá por conta de nome, sobrenome, ou influência política, pouco importando o grau de conhecimento ou mesmo a expertise necessária para os referidos cargos.
Noutros casos, há prova de que o Estatuto do clube vem sendo desrespeitado na medida em que vários conselheiros que passaram a ocupar vagas no clube ainda recebem por sua “prestação de serviço”, o que é vedado:
O que causa e vem causando estranheza é o fato de várias pessoas que se dizem de bem, e que ocupam vagas no Conselho do Cruzeiro estarem fazendo de ombros para a situação…
Qual a verdadeira essência do conselho?
Quem, do atual Conselho, irá cobrar da atual gestão explicações a respeito?
Quer um conselho? QUERO. QUERO UM CONSELHO QUE ZELE PELA SAÚDE ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DO CLUBE, QUE SIRVA AO CRUZEIRO E NÃO SE SIRVA DELE.
Se você, leitor, conhecer algum dos conselheiros eleitos atualmente, que faça o favor de cobrar dos mesmos. Os dados de cada um deles segue abaixo.
Um último e derradeiro conselho (dessa vez é conselho mesmo): se a pessoa que você conhecer, trabalhar dentro do Cruzeiro e tiver um nome ou sobrenome parecido com o de algum dos citados nas listas abaixo, nem perca seu tempo cobrando do mesmo… provavelmente, alguém cobrou algo antes para estar lá… Nesse caso, cobre de alguém do conselho deliberativo e que não seja um dos beneficiados a busca de dias melhores para nosso clube… Antes que seja tarde demais.
CONSELHEIROS ELEITOS
http://www.cruzeiro.com.br/index.php?section=conteudo&id=13771
https://www.cruzeiro.com.br/index.php?section=conteudo&id=868
CONSELHEIROS SUPLENTES
https://www.cruzeiro.com.br/index.php?section=conteudo&id=869
CONSELHEIROS NATOS
https://www.cruzeiro.com.br/index.php?section=conteudo&id=867
CONSELHEIROS BENEMÉRITOS
https://www.cruzeiro.com.br/index.php?section=conteudo&id=833
“Conselho se fosse bom a gente não dava, vendia”.
Quem nunca ouviu esse ditado?