FOTO: GUSTAVO ALEIXO / CRUZEIRO E.C.
Treinando no Cruzeiro desde o fim de março, Rafael Silva finalmente vive a expectativa de estrear oficialmente pelo clube. O jogador é o único dos oito anunciados após a Série B que ainda não figurou sequer no banco de reservas. Primeiramente aprimorando a forma física e esperando a direção resolver a punição referente ao transfer ban, o atacante se considera apto para entrar em campo e se diz adaptado ao grupo.
“Me sinto preparado, cheguei há um tempo e tive tempo para me preparar e recuperar da minha lesão. Já estou me sentindo bem, enturmado com o grupo e preparado para começar a jogar.”
Rafael atua preferencialmente como centroavante, como o mesmo explicou durante sua coletiva na Toca da Raposa II. O atleta lembrou que não atua pelo lado do campo há algum tempo. O Cruzeiro conta hoje com Edu na referência, além de Rodolfo, que também pode atuar aberto pelo lado, assim como Luvannor. Rafael Silva chega como mais um atleta versátil para o técnico Pezzolano.
“Minha função é mais centroavante, posso fazer um pouco da beirada do campo. Já faz algum tempo que não jogo pelas beiradas, mas se o professor precisar estarei a disposição, só quero ajudar. Estou bem adaptado, fui recebido bem pelo time e o grupo todo, é um ambiente fácil de se adaptar. Me sinto preparado.”
O jogador fez questão de destacar que apesar de ter um estilo de muita intensidade, vem conseguindo se adaptar a forma de trabalho do técnico uruguaio. Segundo o atleta, esse estilo ofensivo é positivo para os jogadores de ataque, já que o time mantém a posse de bola e cria mais chances de balançar as redes.
“Claro que a intensidade dele é muito alta. Isso é muito bom para quem joga na frente porque é um sistema bem ofensivo e ajuda a gente da frente para estar com a bola e tendo sempre chances de gol. Venho me adaptando e me esforçando a cada treino para fazer aquilo que ele está pedindo e quando chegar no jogo poder executar da melhor forma e ajudar o grupo.”
Questionado sobre os desafios de retornar ao Brasil nove anos depois – seu último clube foi o Coritiba, em 2013 – de anos no futebol asiático divididos entre Japão e China, onde marcou muitos gols, o jogador considerou o calendário brasileiro como o grande obstáculo para quem vem de fora, já que a sequência de jogos é extensa, diferente do que é visto lá fora.
“O calendário brasileiro é bem puxado, diferente de lá fora que você só joga o final de semana e tem tempo para recuperar e trabalhar. Aqui não tem tempo, você joga uma partida e dois, três dias depois você tem que estar pronto pra outro. Essa é a maior dificuldade de todos, venho me cuidando bem para poder aguentar essa temporada firme sem lesões.”
Devido a uma lesão no joelho e a paralisação do futebol chinês devido ao Covid-19, Rafael Silva ficou praticamente dois anos sem entrar em campo. Seu retorno aos gramados ocorreu em dezembro do ano passado, onde fez cinco jogos (saindo do banco) e marcando um gol. O jogador agora vive a expectativa de ser relacionado por Pezzolano pela primeira vez diante do Grêmio neste domingo, às 16h, no Independência.