FOTO: REPRODUÇÃO / SITE OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
No último dia 22 de agosto, o Deus me Dibre trouxe uma reportagem em apuração conjunta com o portal Superesportes, que mostrava parte da declaração de imposto de renda do ex-presidente do Cruzeiro Wagner Pires de Sá. O conteúdo da matéria apresentava a declaração de R$5,2 milhões em espécie guardados com o ex-mandatário celeste.
Na época, a determinação da justiça solicitando o arresto dos valores pedidos pelo Cruzeiro em liminar não foram encontrados nas contas dos ex-dirigentes envolvidos – além de Wagner Pires de Sá, Itair Machado e sua empresa Futgestão também respondem como réus. O valor total da ação ajuizada pelo Cruzeiro busca reaver o valor de R$6.861.243,06.
O imbróglio judicial ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (15) quando a juíza Marcela Maria Pereira Amaral Novais, da 35ª Vara Cível de Belo Horizonte, determinou a apreensão de qualquer valor em posse do ex-presidente Wagner Pires de Sá. A informação da apreensão foi inicialmente divulgada pelo portal Hoje em Dia e confirmada também por nossa reportagem, que teve acesso à decisão judicial.
Na sentença, a juíza determina “arresto de valores em espécie que eventualmente estejam em poder do requerido Wagner Pires, até o limite de R$6.861.243,06.” O pedido só foi aceito, uma vez que o Cruzeiro solicitou que fosse feito a apreensão dos valores expostos na reportagem citada anteriormente, que comprovaram a quantia em posse do ex-presidente, conforme também explicado na análise da decisão: “na sequência, o autor, após ciência do resultado infrutífero da consulta BACENJUD, pugnou pela expedição mandado para o endereço residencial do requerido Wagner Pires, com o fito de apreender a quantia de R$5.200.000,00, que, segundo noticiado nos meios de comunicação, o próprio teria declarado junto à Receita Federal estar em seu poder”.
Nossa reportagem entrou em contato com o Superintendente de Relações Institucionais, Léo Portela, que tem sido um dos rostos mais atuantes na busca pelo ressarcimento dos valores entendidos como ilegais tomados do Cruzeiro, que disse:
“Em 100 dias, o Cruzeiro conseguiu dar andamento em diversos procedimentos e garantir que haja justiça para o Clube e sua torcida.
Antes havia certeza da impunidade, hoje confiando na Justiça e demonstrando credibilidade institucional do nosso Clube, temos convicção de que os responsáveis por derrubar e roubar o Cruzeiro serão denunciados, julgados e condenados civilmente e criminalmente. Como diz o nosso Presidente, Sérgio Santos Rodrigues, seremos implacáveis com eles.
Importante mencionar o excelente trabalho da Polícia Civil, que apresentou um relatório robusto e contou com a colaboração total da atual gestão para acesso a dados e informações internas.”
Também tentamos entrar em contato com o ex-presidente Wagner Pires de Sá e o ex-vice-presidente de futebol Itair Machado, mas não conseguimos respostas.