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Retomar confiança e melhorar o desempenho ofensivo: Os principais desafios de Zé Ricardo

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FOTO: GUSTAVO ALEIXO / CRUZEIRO E.C.

Zé Ricardo foi apresentado oficialmente na última quarta-feira e iniciou os trabalhos no Cruzeiro visando a preparação para o jogo contra o Santos, na próxima quinta-feira (14), na Vila Belmiro. A equipe mineira não vence há dois meses na temporada, completando oito jogos de jejum no Brasileiro. Mesmo assim, permanece em 12º na tabela, com 26 pontos, cinco a frente justamente do Santos, primeira equipe dentro do Z-4.

Substituindo Pepa, Zé Ricardo não pegará terra arrasada. Defensivamente, a equipe ainda possui certa solidez, sendo uma das melhores do Campeonato, com 20 gols sofridos após 22 rodadas, ficando atrás apenas de Botafogo, Palmeiras e Atlético Mineiro. Também é o terceiro time com mais jogos sem sofrer gols (9), atrás de Botafogo e Red Bull Bragantino, com 13 e 11 jogos, respectivamente.

Se a parte defensiva é um pilar que está ligeiramente controlado, Zé Ricardo precisará encontrar soluções no meio-campo e, principalmente, no ataque. Desde a saída de Richard, que exercia o papel de primeiro volante da equipe e participava da saída de bola, com capacidade de infiltrar na área, o elenco não conseguiu oferecer um substituto à altura. Após tentativa com Machado, Matheus Jussa vem jogando por ali, mas a saída de bola é um problema que dificulta a criação de jogadas e não permite que o time saia do seu campo com mais velocidade e assertividade.

Porém, o “calcanhar de Aquiles” está na frente. O Cruzeiro possui o terceiro pior ataque da competição, com 20 tentos anotados, mesma quantidade do Goiás. Apenas Internacional, com 17, e Vasco, com 16, conseguem ser piores do que o sistema ofensivo celeste. Chega a ser paradoxo quando se confere a produção da equipe ao longo do campeonato. O Cruzeiro tem a 6ª maior média de finalizações do campeonato (14,1), mas a resposta está justamente no aproveitamento delas.

Segundo o site de estatísticas Sofascore, apesar de um volume de finalizações razoável, a equipe está apenas em 13º quando se computa as finalizações que foram em direção ao gol (4,3), o que significa que a o time precisa de 5,25 (média) de chutes certos para marcar um gol, o que confere o quinto pior aproveitamento do campeonato (35,1%). No geral, são 14,9 chutes em média para chegar a um gol.

Além disso, o Cruzeiro é o 10º que mais criou chances de gol (41), porém é o 4º que mais perdeu grandes chances, com 31 oportunidades desperdiçadas. A equipe fica atrás de Flamengo, Palmeiras e Grêmio, adversários que hoje disputam o G-4 da competição.

Com uma defesa sólida e um histórico de muitas finalizações, o treinador tem um ponto de partida sólido para trabalhar. No entanto, é essencial trabalhar o aproveitamento nas finalizações e a conversão das oportunidades em gols, buscando retomar a confiança e o mental da equipe. O jogo contra o Santos será um teste crucial para avaliar o impacto das mudanças e o progresso na retomada dos resultados mais positivos.