Ricardo Rocha faz balanço do seu trabalho e destaca importância das categorias de base

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FOTO: BRUNO HADDAD / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.

Ricardo Rocha chegou ao Cruzeiro através de convite feito por Vanderlei Luxemburgo e completou 40 dias no cargo. Campeão do mundo e com um currículo marcante como jogador de futebol, aceitou o desafio de ser diretor técnico do Cruzeiro num momento de extrema dificuldade vivida pelo clube. Em entrevista ao portal, destacou a importância da chegada do Vanderlei a confiança no seu trabalho. Principalmente, Rocha detalhou como vem sendo feito o processo de transição entre os profissionais e as categorias de base, que o dirigente trata sempre como a principal fonte de receita para o clube conseguir equacionar seus problemas.

Mudança de ambiente, reação na Série B e convite de Luxemburgo e confiança no trabalho

Primeiro foi o Vanderlei Luxemburgo. Um cara vencedor que quando te chama, você acredita que os projetos podem acontecer. É um trabalho de acreditar. Pegamos a situação muito difícil, não é fácil, mas acreditamos no projeto. É a primeira vez que trabalho com Vanderlei, mas o conheço há muito tempo. É um vencedor e passa isso para o grupo. Ele não chegou em nenhum momento querendo livrar o clube da Série C, mas sim em conseguir o acesso e isso é muito legal. 

Recuperação de atletas oriundos da base como Adriano, Matheus Pereira, Marco Antônio e Thiago

Passar confiança. Um dos motivos que estou aqui é para trabalhar na base. Ele (Vanderlei) me dá total liberdade para fazer esse elo entre profissional-base. Tenho ido muito na base, conversado com as pessoas. A base nesses 40 cresceu também. O futuro dos clubes, até na parte financeira, está ligada a base, e temos que fazer esse trabalho. Primeiro é fazer eles acreditarem no potencial deles. Eram garotos com potencial, mas com um ânimo muito baixo. O Vanderlei viu qualidade neles e não tem problema em colocar jogadores jovens pra jogar. Ele passou essa confiança aos garotos e que eles precisavam trabalhar. Esses garotos (citados) estavam ai jogados praticamente, e quando vemos o crescimento é algo positivo, e tem muito mais que vão aparecer. 

Monitoramento dos jogadores que atualmente estão no Sub-20. 

A maioria dos garotos estão treinando conosco. Outra coisa feita é a reaproximação com o profissional, treinando no mesmo horário e local, ao lado. Se precisar a gente chama pra trabalhar com a gente e vem acontecendo muito. Tenho feito muitas preleções com eles e conversado sobre as ideias do Vanderlei de utilizá-los. Para isso, eles precisam trabalhar e demonstrar que estão querendo. Isso tem dado um alento grande aos jovens. O futuro do Cruzeiro está na base. 

Planejamento de integração entre base e profissional

Muito desses meninos vão treinar e voltar (ao Sub-20). Faz parte do que o Vanderlei quer. Alguns deles sentem, mas se não jogar, vai descer. Quando a gente precisar, estará com a gente. Não adianta manter um garoto no profissional apenas treinando, ele precisa de ritmo de jogo. Se não for relacionado, vai descer e jogar. Nos últimos jogos do Sub-20 ganhamos do Athlético Paranaense em casa e do Bahia, estava desacreditado e agora com chances de classificação no Brasileiro. No Sub-17 vamos disputar a semifinal com o Atlético. Os jogadores voltaram a ter brilho no olho e esperança. Sou esse representante do Vanderlei na Toca I e acredito no que ele passou pra mim. 

Confiança no acesso 

Em primeiro lugar, vi que o Cruzeiro tem 1% de chance de classificar, então estou apegado nessa possibilidade. O Vanderlei não admite que ninguém pense diferente da classificação. A gente faz jogo a jogo, é um trabalho muito forte que todos os atletas estão desempenhando. Acreditamos sim no acesso, sem demagogia. São dois fatores importantes pra dar certo: São os jogadores e torcida acreditarem. Os jogadores já acreditaram, agora peço ao torcedor que também acredite. A tendência é cada vez mais revelar jogadores e fazer com que cresçam na competição.

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