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Cruzeiro

Rodriguinho: 53 milhões, cessão de direitos de jogadores e comissões a intermediários

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FOTO: IGOR SALES / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.

Contratado com a promessa de ser o grande craque de 2019 – e sob justificativas técnicas e financeiras que não se mostraram verdadeiras – o meia Rodriguinho teve um dos contratos mais lesivos ao Cruzeiro durante da gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá. O portal superesportes teve acesso aos documentos e trouxe uma reportagem completa que você pode conferir clicando aqui. A negociação que envolveu a contratação do atleta e que aponta um dos grandes problemas que o Cruzeiro terá no futuro, incluindo uma dívida pendente com o Pyramids do Egito – antigo clube do Rodriguinho – que provavelmente será mais um caso a ser resolvido nos tribunais da FIFA.

O pagamento ao Pyramids acabou por ser divido da seguinte forma: uma entrada de R$3,85 milhões – único valor realmente pago, em janeiro/19 – uma parcela de 500 mil dólares em novembro/19, uma parcela de 500 mil dólares em fevereiro/20, uma parcela de 1 milhão de dólares em maio/20, uma parcela de 500 mil dólares em agosto/20 e uma parcela pra ser paga após o término do contrato e até mesmo após o mandato da antiga gestão: 3 milhões de dólares até janeiro de 2022. Para o pagamento desta última parcela, o Cruzeiro condicionou como garantia 20% dos direitos econômicos de três jogadores: Murilo, Raniel e Vinícius Popó.

No caso de venda desses atletas, o Cruzeiro deveria repassar 20% do valor total ao clube do Egito. Entretanto, mesmo após a venda de Murilo ao Lokomotiv (RUS) e de Raniel ao São Paulo, onde o clube arrecadou algo próximo dos 24 milhões de reais, o Pyramids não recebeu sua parcela que seria de direito.

A reportagem ainda traz os valores e as negociações realizadas entre os “intermediadores”, tanto com o representante do Pyramids, Eduardo Maluf (dono da Dut’s Marketing Esportivo) quanto com Luís Paulo Santarelli, empresário do atleta (dono da Santarelli Sports LTDA). No total quase R$3 milhões de reais foram garantidos para os empresários.

Vale ressaltar que Anderson Nassrala, um dos empresários que mais se envolveu com o Cruzeiro durante a gestão de Wagner Pires de Sá e Itair Machado indicou que também participou da contratação de Rodriguinho. Entretanto, não há qualquer registro documentado sobre valores ou participações do empresário no contrato do meia.

Rodriguinho rescindiu com o Cruzeiro de forma amigável e se transferiu para o Bahia em maio deste ano. O atleta, que recebia cerca de R$650 mil reais por mês somando o assinados na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e pelos direitos de imagem, assinou um distrato com o Cruzeiro em que o clube se compromete a pagar o valor de R$2 milhões de reais divididos em 20 parcelas de R$104 mil reais – com multa de 100% em caso de atraso superior a 30 dias – ao atleta a partir de abril de 2021.