ROGÉRIO CENI TERÁ MUITO TRABALHO

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FOTO: VINNICIUS SILVA / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.

Se é que existe algo de positivo nesse empate em 2 a 2 do Cruzeiro contra o Avaí, válido pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, é o fim do jejum de gols. 890 minutos depois, o Cruzeiro conseguiu achar a rede adversária e Pedro Rocha fez o gol de empate. O Avaí chegou a abrir vantagem, mas Sassá fez o segundo (validado graças ao VAR) e o jogo terminou na igualdade. Uma partida que serve de exemplo e expõe de forma precisa os defeitos desse time, tudo para Rogério Ceni já chegar sabendo que precisará trabalhar muito para arrumar a casa.

O primeiro tempo deixou claro a falta de velocidade e de criatividade do time. O passe curto sem objetividade, a pouca verticalização do time, os lançamentos da defesa sem nenhum objetivo. Henrique e Cabral não são culpados pela má fase do time, mas é evidente que jogando juntos, nesse esquema, não rendem o esperado. Egídio vive sua pior fase no Cruzeiro e suas deficiências defensivas não tem compensado a qualidade ofensiva que mostrou há outros tempos. De longe, o camisa 6 foi o pior do time: falhou no primeiro gol do Avaí e fez o pênalti do segundo.

E se as coisas não estavam boas pro lado esquerdo, o lado direito não ficou pra trás, Orejuela que vem fazendo partidas boas e regulares acabou saindo no segundo tempo por sentir o joelho, entrando Edilson – que voltava após vários jogos. O lateral que chegou com a pompa de ser experiente e decisivo, foi irresponsável e comprometeu qualquer chance de vitória: dois amarelos e expulsão com menos de 35 minutos em campo. Mas a qualidade do time do Avaí é tão questionável, que mesmo com um jogador a menos O Cruzeiro conseguiu atacar e fazer o segundo gol. Sassá recebeu na entrada da grande área e marcou, o VAR demorou quase 6 minutos para validar e logo após o jogo acabou. 

Ruim para o Cruzeiro, que segue a sina do Z4. São 19 jogos com apenas 1 vitória. 9 jogos seguidos sem vencer (5 empates e 4 derrotas). De positivo, óbvio, o fim do jejum de gols e ainda marcado por dois atacantes, em lances de bola rolando. Talvez uma pequena luz possa ser vista a partir disso.

Rogério Ceni terá uma semana livre para se apresentar e começar a transmitir sua ideia de futebol para o grupo. Terá também que mudar o psicológico desses jogadores, que claramente está prejudicado pela fase vivida. Não será fácil retirar todos os vícios deixados por Mano Menezes em três anos de trabalho, mas é possível melhorar em vários aspectos e mudar peças que mais comprometem do que ajudam. 

Enfim, faltam 34 pontos para atingir a marca que tranquilizará a toda torcida do Cruzeiro. E a reação precisa ser imediata.

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