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Ronaldo detalha corte brusco no orçamento: “Não entra na minha cabeça o funcionamento de um clube assim”

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FOTO: GUSTAVO ALEIXO / CRUZEIRO E.C.

Depois de adquirir 90% das ações do Cruzeiro SAF no final de dezembro, Ronaldo Fenômeno finalmente chegou a Belo Horizonte e concedeu entrevista coletiva como novo gestor do clube. O encontro, que havia sido marcado para o dia 02/01, data de aniversário da Raposa, precisou ser adiado devido ao teste positivo do ex-atacante para Covid-19. Na entrevista coletiva, Ronaldo não se esquivou dos problemas e classificou o Cruzeiro como um “paciente na UTI”.

Para realizar o tratamento necessário, a atual gestão entende que é preciso muito esforço e o entendimento de que nenhum jogador é maior do que a instituição. Prova disso foi a saída do goleiro Fábio, principal ídolo da torcida e jogador com mais jogos pelo Cruzeiro, após não chegarem a acordo sobre sua renovação contratual. Ronaldo detalhou a situação econômica do clube e o corte brusco feito no orçamento para 2022 em relação ao que seria praticado por Sérgio Santos Rodrigues e sua antiga gestão.

Assim que anunciamos a compra da SAF, começamos a mergulhar no que era o orçamento do ano do clube. E a primeira coisa que encontrei foi um orçamento de R$ 90 milhões, com uma receita de R$ 60 milhões que inclusive já estavam gastos. É realmente uma conta que não bate, não entra na minha cabeça o funcionamento de um clube assim”, ressaltou.

Segundo Ronaldo, a renegociação de contratos e alguns cortes mais bruscos, como a saída de Fábio, reduziu o valor do orçamento para R$ 35 milhões em termos de folha de pagamento. O mandatário fez questão de agradecer aos jogadores que aceitaram renegociar os contratos firmados ainda pela gestão passada, frisou que o momento é de ações impopulares, mas necessárias para sobrevivência do clube e destacou que ainda há muito trabalho para ser feito.

“Aqui eu deixo já meu agradecimento especial a esses atletas que aceitaram renegociar o contrato entendendo a situação gravíssima do clube e decidiram permanecer no clube para conseguir o objetivo maior. Hoje, nós conseguimos abaixar o orçamento para R$ 35 milhões, quase três vezes menos. Ainda temos muito trabalho a fazer, temos muitos cortes por fazer ainda, é um momento de ações impopulares, mas que são extremamente necessárias para que o clube volte a ser grande como nunca deveria ter deixado de ser”, classificou.