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Sócio majoritário de 90% das ações da SAF do Cruzeiro, Ronaldo Fenômeno participou de entrevista no canal Podpah, no YouTube, no último domingo (4), e falou sobre sua chegada ao Cruzeiro no final do ano passado e principalmente dos desafios enfrentados para adquirir o clube, tendo que superar a burocracia do Conselho Deliberativo num momento que, segundo ele, a Instituição caminhava para um fim:
“Esse ano foi uma loucura. Nunca tive um ano tão intenso como nesse ano. Comecei ano com o Valladolid na segunda divisão e o Cruzeiro também. Consegui o acesso com os dois clubes, fora todo desafio que foi o Cruzeiro, o princípio da SAF, toda burocracia que tive que convencer o Conselho para salvar o clube. O Cruzeiro estava indo num caminho sem volta e iria desaparecer.
Ainda segundo Ronaldo, o destino do clube seria o fim se seguisse no modelo associativo, lembrando ainda que não havia nenhum potencial investidor interessado em adquirir o Cruzeiro, com uma dívida superando a casa do R$ 1 bilhão, mas que o potencial da marca, a história centenária e seu vínculo de ter iniciado como jogador profissional em Belo Horizonte pesaram para que tomasse a decisão de assumir o projeto SAF da Raposa:
“Ia acontecer com certeza (falência). Não tinha ninguém interessado no Cruzeiro, em pegar uma dívida de R$ 1 bilhão. Eu só via potencial no Cruzeiro, é uma marca gigante, com uma história linda. Comecei no Cruzeiro, quando tive essa oportunidade juntei todo meu pessoal, fiz várias reuniões de risco para entender (…) Graças a Deus fui iluminado para tomar essa decisão.”
Após o rebaixamento, em 2019, o Cruzeiro vinha de duas temporadas na Série B onde não havia conseguido sequer ultrapassar o 10º lugar na tabela. Após a chegada de Ronaldo e sua equipe, o time ficou com o vice-campeonato Mineiro, chegou nas oitavas de final da Copa do Brasil e foi campeão da Série B e conquistou o acesso com sete rodadas de antecedência, quebrando recordes e montando um elenco com bem menos investimento em relação a outros times grandes que disputaram a competição, como Vasco e Grêmio.