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Cruzeiro

Ronaldo fala sobre reforços, Fábio, Vitor Roque, Mineirão e mais em programa do SporTV

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FOTO: REPRODUÇÃO / SPORTV

Atual sócio majoritário do Cruzeiro, Ronaldo Fenômeno participou no final da noite da última segunda-feira (25) do programa “Boleiragem”, do SporTV. Com a apresentação do ex-jogador Roger – que teve passagem marcante com a camisa do Cruzeiro – e a participação de Caio Ribeiro, Ricardinho e Pedrinho, Ronaldo foi questionado sobre diversos assuntos em relação à Raposa neste período de quase dois anos à frente da gestão do futebol do clube.

Entre os vários assuntos abordados, Ronaldo não se furtou de comentar sobre temas polêmicos que envolveram sua gestão desde que comprou as ações da SAF do Cruzeiro. A saída do goleiro Fábio, do atacante Vitor Roque e até a mudança de identidade visual do mascote Raposão foram pautas debatidas no programa.

Além de assuntos do passado, o futuro do Cruzeiro também virou assunto entre os ex-jogadores. O Fenômeno falou sobre a necessidade de reforçar o time na próxima janela de transferências, visando o Campeonato Brasileiro e também sobre o possível acordo que o clube pode fechar com o Mineirão, para voltar a ser mandante no maior estádio da capital de Minas Gerais.

Confira abaixo os principais assuntos tratados por Ronaldo no Boleiragem:

Reforços no meio do ano

“Eu acho que o principal foi feito. A gente tem uma base muito sólida. Mas, logicamente, o tempo vai nos dizer se a gente precisa reparar alguma coisa, alguma posição ou reforçar. A gente tem que ir acompanhando semana a semana. Mas atento ao mercado. Pra próxima janela, logicamente, a gente entende que vai precisar estar bem ativo e fazer um investimento pra elevar ainda mais o nível do nosso elenco.”

Saída do Pezzolano e chegada do Pepa

“O Pezzolano recebeu uma proposta muito alta em dezembro do mundo árabe. E ele chegou pra gente e falou ‘eu preciso ir, acho que ciclo aqui terminou’ e a gente conseguiu segurar ele pra ele fazer o campeonato mineiro de forma que a gente conseguisse buscar um substituto. Ter tempo. Ele topou, mesmo se sacrificando e perdendo uma oportunidade financeira muito grande também. A gente parte do princípio de como a gente quer que o time jogue e a partir daí tem os nossos conceitos, que são inegociáveis, e buscar um treinador que parece com esse nosso estilo. A gente encontrou o Pepa, que foi uma grata surpresa.”

“Chegaram seis nomes (de técnicos), dois brasileiros, um português e três argentinos. Eu não participo do processo de entrevista, mas eles fazem essa entrevista, não é só uma vez e mostra nossa realidade. Aí a gente passa a entender de cada um a disponibilidade. Os três treinadores argentinos, por exemplo, estavam com contrato em andamento.”

Mineirão

“A gente tem uma briga dura, porque o consórcio Minas Arena tem um contrato totalmente a seu favor. E a nossa participação na Série B ano passado era muito importante, pra nossa sobrevivência, porque mesmo com as taxas abusivas, conseguimos fazer receita grande. Esse ano a gente decidiu que a gente tinha que chegar a um acordo pra não ter essas taxas abusivas. Infelizmente, foi obrigado um caos, a entrada do governo, uma possível criação de CPI, pra gente sentar à mesa e agora a gente está conversando novamente. A gente entende que tem que ter muito mais benefícios. A finalidade dele é pro futebol, não que eu não goste da ideia de show, mas o Mineirão foi criado pra atender o público de futebol. O Atlético vai ter o seu estádio, o América já tem, então a gente está exigindo um tratamento muito melhor que o ano passado.”

“Eu espero um final feliz. Essa semana a gente deve definir um acordo pelos próximos três anos. (…) o governo de Minas entendeu que nosso pedido é bem razoável. É dividir a receita de camarote, de bar, de estacionamento. Então, parece que a gente vai chegar a um acordo.”

Fábio

“Foi um momento muito tenso, muito difícil pra todos nós, na SAF. Todos entendemos a história do Fábio no Cruzeiro, mas a realidade do clube não permitia ter o Fábio e nem o salário que ele tinha. Nós chegamos a fazer uma oferta pra ele e ele não aceitou, o que é diferente do que ele põe na carta. Foi muito duro esse momento. Foi muito difícil. Mas a gente sabia que muitas decisões impopulares a gente ia tomar ali, pra tirar o Cruzeiro daquele buraco. Eu tenho certeza que o Fábio, quando ele achar que será o momento de voltar a conversar, de talvez terminar a carreira dele no Cruzeiro, a gente vai ter um prazer enorme de ouvi-lo e de realizar esse sonho dele e da torcida.”

“Os nossos problemas financeiros dependem da Recuperação Judicial, pra nossa sobrevivência. Eu reafirmo aqui o meu compromisso de conversar com ele, de encontrar uma solução pra que ele possa encerrar a carreira dele no Cruzeiro. As portas estarão abertas pra ele.”

Saída do Vitor Roque

“Não tava planejado, no entanto, pouco antes do interesse do Athlético-PR, a gente tentou – já visualizando o interesse de outros clubes, mais europeu do que brasileiro, a gente não pensou que pudesse um clube brasileiro pagar a cláusula e tirar o jogador de lá – esse que é o problema, no momento ele tinha jogado poucos jogos como profissional, com uma cláusula de 28 milhões de reais, ninguém achava que era baixo. Pra pouquíssimos jogos. Ele jogou 6 jogos no Campeonato Mineiro. Jogador com muito potencial, mas mesmo a gente não acreditando que poderia ter essa ameaça, a gente propôs um aumento salarial pra aumentar a multa. Tanto que a gente briga na justiça pra ter uma diferença muito maior. Porque a gente tem documentado esse oferecimento de um aumento salarial. E isso pra justiça vale. Só que aí, depois, o representante, André Cury, não respondeu mais a gente. Simplesmente desapareceram. E aí já tava arquitetado essa movimentação.”

Mudança do Raposão

“Eu achei a mudança legal. Não precisei de aprovar, mas gostei dos novos raposões. E, sinceramente, eu não entendi a violência, a força do protesto do torcedor em relação a mudança do Raposão. É um mascote do clube, mas é uma unidade de negócio pro clube. A gente entendia que precisava de uma repaginada, depois de 20 anos que não muda nada. A reação foi extremamente desproporcional, eu fiquei extremamente assustado, surpreso com isso. Eu fiz uma mudança no escudo do Valladolid ano passado, que era um escudo, nos dias de hoje, pra você aplicar num produto é muito complicado, modernizar o escudo. A gente foi pego de surpresa com uma coisa que feriu o orgulho do cruzeirense. Cancelamos a mudança.”