Ronaldo publica “carta aberta” ao torcedor e esclarece fatos levantados por conselho

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FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR / CRUZEIRO E.C.

A repercussão da nota publicada pela Mesa Diretora do Conselho Deliberativo do Cruzeiro segue agitando os bastidores do Cruzeiro e do grupo de transição confiado por Ronaldo. Após a nota da XP Investimentos, responsável pelos trâmites da venda da SAF, publicada no final da noite de ontem, foi a vez do próprio Ronaldo se manifestar em uma carta aberta direcionada aos torcedores.

Em sua carta, Ronaldo faz questão de ressaltar que o valor previsto no contrato define um aporte inicial de R$50 milhões, além do compromisso de investimento de mais R$350 milhões que pode ser feito através de incremento de receitas ou aporte direto do mesmo, além de ser subsidiário nas dívidas civil, trabalhista e desportiva, que somam quase R$700 milhões.

Ronaldo ainda ressaltou o que já havia falado anteriormente em outras oportunidades, sobre a inclusão dos centros de treinamentos (Toca da Raposa I e II) na SAF como uma forma de proteger o patrimônio do clube, uma vez que a própria Toca da Raposa I se encontra como garantia de um acordo da dívida tributária feito entre o clube e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

Pela primeira vez desde que assinou o contrato de intenção de compra, Ronaldo se depara com o modus operandi de cartas marcadas do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, sendo taxativo sobre a forma como os trâmites da negociação, protegidos por cláusulas de confidencialidade, devem ser tratados e diz que o “Cruzeiro precisa de estabilidade para seguir o caminho da reconstrução”, acreditando que a votação por parte do conselho decidirá o melhor para a instituição.

Confira a carta na íntegra:

Carta aberta ao torcedor do Cruzeiro

Diante da Nota Oficial emitida pela Mesa Diretora do Conselho Deliberativo do Cruzeiro Esporte Clube, assinada por Nagib Simões, Mauricio Silva, Marcus Lambertucci, Evandro Vassali, Alvimar Perrella, Bruno Lourenço, Paulo Henrique Pentagna Guimarães, Aquiles Diniz, Alexandre Azevedo, Pedro Lourenço e Régis Campos, que expõe parcialmente dados confidenciais e distorce a realidade dos termos firmados na carta vinculante, esclareço os seguintes fatos:

O valor de investimento previsto na proposta de aquisição define o aporte inicial de R$50 milhões, além de um compromisso de investimento de mais R$350 milhões que pode ser feito através de incremento de receitas ou de aporte direto. Vale ressaltar que a opção de incremento de receita favorece diretamente a associação, uma vez que a lei das SAF obriga o repasse de 20% das receitas para quitação da dívida bilionária acumulada por anos de má gestão – fato esse que pode gerar mais R$70 milhões em receitas para a quitação da dívida e que parece ser ignorado pelos responsáveis pela Nota. Além da previsão de aporte, passo a ser subsidiário nas dívidas civil, trabalhista e desportiva, que somam quase R$700 milhões.

Vale ressaltar também que meu pedido de inclusão das Tocas I e II na transação é simplesmente para proteção de patrimônio do Cruzeiro. Hoje a Toca I, a sede do Barro Preto e parte das receitas do futebol são dadas em garantia para a União em uma dívida tributária de aproximadamente R$400 milhões que não estava incluída na negociação inicial. No curto prazo os imóveis podem ser leiloados e as receitas penhoradas por falta de pagamento

A SAF se coloca como facilitadora para encontrar os meios de pagamento dessa dívida. Em contrapartida, o controle das Tocas pela SAF garante que o patrimônio do futebol não seja colocado mais uma vez em risco. 

Por fim, acredito em trabalho silencioso, sem dar publicidade a pontos contratuais em respeito às cláusulas de confidencialidade que devem ser respeitadas. O Cruzeiro precisa de estabilidade para seguir o caminho da reconstrução. O conselho do clube é soberano e acredito que o julgamento dos pleitos será feito de maneira coerente levando em consideração o melhor para o Cruzeiro.

#FechadoComOCruzeiro

Tara Sports
Ronaldo

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