
FOTO: RODOLFO RODRIGUES / FLICKR / CRUZEIRO E.C.
Os problemas financeiros do Cruzeiro não são novidades. Convivendo com a dificuldade de garantir salários em dia e arcar com outras obrigações em relação a credores, o time se vê em um momento complicado do campeonato, com poucas perspectivas de acesso à Série A, o que daria ao clube um certo alívio econômico em relação a cotas de TV.
Antes mesmo de completar dois meses da chegada do técnico Vanderlei Luxemburgo ao Cruzeiro, o clube não honrou o compromisso que fez com o treinador de deixar ao menos as folhas salariais pagas de forma regular. A informação, trazida inicialmente pelo portal Superesportes, foi confirmada pela nossa reportagem: os salários que deveriam ser pagos nos últimos meses seguem atrasados – e a tendência é que o salário do próximo mês também atrase.
De acordo com nossa apuração realizada, a situação é um pouco mais complicada se tratando dos jogadores da base, do feminino e dos funcionários do administrativo. Para esses, os atrasos chegam a até quatro meses, ainda com pendências em relação a pagamentos feitos de forma “picada” e até mesmo o 13º salário relativo a 2020 segue em aberto.
Os atrasos podem indicar que o projeto do clube-empresa não vem caminhando na velocidade esperada pela diretoria e por empresários que apoiam a transição. Em agosto deste ano, o empresário Régis Campos, parceiro da gestão de Sérgio Santos Rodrigues, em fala concedida ao portal Superesportes, disse que a XP Investimentos “se comprometeu a nos ajudar financeiramente até o fim da temporada, mas para isso precisamos avançar com velocidade no projeto de clube-empresa” o que, até o momento, não vem acontecendo.
Até o momento da publicação desta nota, o Cruzeiro não se pronunciou oficialmente sobre uma possível data para a quitação dos atrasados. O presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, não está em Belo Horizonte – no momento ele se encontra em Madri, na Espanha, onde faz um curso de gestão ministrado pela FIFA.