Seabra explica escolha por Palacios, fala sobre falta de efetividade e cita baixo desempenho

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Em mais uma noite frustrante para os torcedores do Cruzeiro, a equipe comandada por Fernando Seabra saiu derrotada pelo Criciúma por 1 a 0, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Após o confronto, o técnico do Cruzeiro concedeu entrevista coletiva onde abordou o baixo rendimento do time, suas escolhas táticas e a falta de efetividade nas finalizações.

Seabra explicou a decisão de iniciar a partida com o lateral Palacios, destacando a importância do jogador para o confronto específico.

“O Palacios, embora pelo tempo que não jogava, vinha trabalhando bem e é um jogador que a gente acompanha bem as métricas de treino dele. Pra esse confronto específico, era importante a gente ter um jogador de linha que tivesse estatura.”

O treinador também justificou a substituição de Arthur Gomes e a opção de entrar com Álvaro Barreal apenas no segundo tempo. “A substituição do Arthur Gomes, a gente precisa da ruptura pra invadir a área. O Álvaro tem assistência e faz ruptura, ataca espaços e finaliza. A intenção era que a gente tivesse um pouco mais de cruzamento e do movimento, porque se a defesa neutraliza, abre mais espaço pro jogo interior.”

Sobre Barreal, Seabra comentou: “O Barreal não entrou pra piffar, ele entrou pra romper e rompeu. O Barreal é um jogador que jogou dois anos no Cincinatti com linha de cinco, jogando de ala pelo lado esquerdo e ele pode fazer lateral.”

O técnico do Cruzeiro foi enfático ao reconhecer o fraco desempenho da equipe, especialmente no segundo tempo. “Nós precisamos fatiar o jogo. No primeiro tempo, nós tivemos mais condições pelas chances que criamos de sair na frente. Desperdiçamos, esse é um ponto importante. E logo no começo do segundo tempo, acabou perdendo um jogo aéreo e isso muda totalmente o cenário.”

Seabra também ressaltou a importância de concretizar as chances criadas.

“A gente precisa ter consciência que o jogo tem alternâncias. Quando você tem o momento do jogo ao seu favor, você precisa concretizar isso em vantagem no placar. Isso condiciona toda a sequência dos comportamentos do jogo. Cabe a nós, nas adversidades, conseguir correr riscos mas de forma organizada, para buscar o placar desfavorável. E ser efetivo, capaz de reagir.”

Sobre a falta de gols, Seabra explicou as dificuldades enfrentadas pelo time devido à ausência de jogadores especialistas como Dinenno e Rafa Silva. “A gente não tem contado com os especialistas. Dinenno e Rafa Silva. Em alguns momentos, nós não estamos gerando as oportunidades mais claras. Isso também dificulta.”

Em relação a Álvaro Barreal, o técnico esclareceu que o jogador vinha enfrentando problemas físicos e de saúde, o que afetou seu ritmo de jogo.

“O Barreal é um jogador que tem preferência por atacar pelo corredor lateral, mas pode fazer o meio espaço de forma posicional ou alternada. O Álvaro acabou tendo aquele pequeno incidente no joelho contra o Cuiabá e isso quebrou um pouco o ritmo de jogo. Ele poderia já ter retornado com mais minutos, mas no último jogo ele teve a virose também. Num primeiro momento de troca na equipe, a gente usou um jogador que vem numa crescente (Vitinho), que tá com um pouco mais de ritmo, pra ele conseguir suportar um nível de intensidade do começo até o final.”

A substituição de Lucas Silva também foi tema da coletiva, com Seabra apontando o desgaste do jogador como fator decisivo. “Eu identifiquei no Lucas um nível de desgaste muito grande, que estava prejudicando o nível de desempenho dele. Nesse sentido, ele teve um período útil de jogo num bom nível, menor do que ele é capaz de fazer.”

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