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Cruzeiro

Seabra fala sobre jogo: falta de eficácia no ataque, expulsão de Marlon e opção por Ramiro

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Na noite deste domingo, o Cruzeiro enfrentou o São Paulo no MorumBIS e saiu derrotado por 2 a 0. Em coletiva após o jogo, o técnico Fernando Seabra comentou sobre diversos aspectos da partida, abordando desde a postura da equipe até a expulsão do jogador Marlon.

Seabra destacou a importância da eficácia no ataque e lamentou a falta de aproveitamento das oportunidades criadas:

“Futebol, pra você jogar, depende da produção ofensiva. E na sua produção você ser eficaz. A gente trabalho, infelizmente a gente não teve a competência de alguns momentos a gente concretizar em gols as oportunidades que a gente criou.”

Para o treinador, os gols sofridos foram momentos pontuais e não refletem a performance geral do time. “Eu acho que os gols foram momentos pontuais. Não representam o que foi jogo. Preciso analisar a sequência toda, muitas vezes o problema acontece em forma de cascata, mas o que eu tenho mente, se deve mais uma questão de leitura no início da progressão do São Paulo do que falta de agressividade”, disse. Ele acrescentou que, mesmo com um jogador a menos, o Cruzeiro conseguiu recuperar bolas no campo ofensivo, especialmente no segundo tempo.

Sobre a expulsão de Marlon, Seabra preferiu não julgar o lance sem uma análise detalhada, mas defendeu o jogador.

“Eu não tenho clareza do lance. Não posso julgar. Mas o Marlon é um jogador responsável, consciente, se desculpou com o grupo no final do jogo e agradeceu pela entrega. Ele está muito ciente de que o cenário ficou desvantajoso pra gente. E a gente tem total confiança nele. Ele é um jogador competitivo. Teve um erro de cálculo e acabou sendo expulso. Não é reincidente. Tem nosso apoio.”

Seabra ressaltou a importância de assimilar as lições da derrota e continuar trabalhando nos pontos positivos e negativos. “A gente tem que saber assimilar. Isso faz parte da nossa vida. A gente tem que ser criterioso no desempenho. Reforçar e estimular os pontos positivos e não negligenciar onde a gente precisa melhorar. A gente tem que representar um clube gigante e uma torcida apaixonada. Mesmo vencendo e vai bem, a gente identifica os erros. O adversário estuda a gente e pode tirar proveito de alguma situação”, explicou.

O técnico também comentou sobre a utilização de Veron como titular e a evolução de outros jovens jogadores como Barreal e Robert.

“São jogadores que eu acho que estão se desenvolvendo dentro da ideia. E ainda tem potencial pra elevar ainda mais o nível de desempenho. O Veron deu profundida pra gente no primeiro tempo contra a Catolica, ofereceu opções pro William. Pra um jogador que não iniciava o jogo, o saldo foi positivo. Apesar de jogar no lado esquerdo, a gente tem variado. No jogo de hoje a gente repetiu essa ideia, colocando o Veron (junto com o Barreal). E tudo isso variando jogadas. Existem oscilações e margem de crescimento. Robert é um jogador jovem, rápido, tem mostrado uma amadurecimento de personalidade e se sentir a vontade de partir pra cima.”

Finalmente, Seabra falou sobre a entrada de Ramiro, questionado por boa parte da torcida, e sua contribuição em campo. “O Ramiro tem mostrado uma taxa de trabalho muito alta. Alta intensidade. Elas são do nível dos nossos jogadores jovens. Quando você tá numa situação de um a menos ou de campo aberto, com mais transição e mais espaço, é importante. Inicialmente ele entrou como médio do lado direito. Tinha um risco de expulsão de segundo amarelo com o Romero e optei por por o Ramiro. O Ramiro conseguiu encurtar bolas no meio de campo, foi agressivo. Claro que tem momentos que é difícil dar conta de todas as circunstâncias”, finalizou.