
Após o empate do Cruzeiro em 2 a 2 contra o Vitória, no Barradão, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Fernando Seabra concedeu entrevista coletiva para avaliar o desempenho da equipe e explicar suas escolhas táticas e de escalação. O Cruzeiro começou mal a partida, chegando a estar perdendo por 2 a 0, mas conseguiu reagir após a expulsão de um jogador do Vitória, empatando com dois gols de Dinenno.
Seabra começou destacando que algumas mudanças na escalação foram necessárias para gerenciar o desgaste dos atletas.
“Optamos por algumas mudanças, pra controle de minutagem, seja de jogadores que têm desgaste elevado ou seja jogadores como o caso do Walace que estão iniciando uma temporada. Temos também o Lautaro que teve um incômodo, nada que preocupe, mas avaliamos que colocá-lo poderia trazer um risco de agravar”.
Em relação ao desempenho em campo, Seabra foi duro na crítica ao primeiro tempo do Cruzeiro, afirmando que o time não conseguiu se impor e acabou favorecendo o adversário.
“É inadmissível o nosso desempenho no primeiro tempo… Fomos trazendo o adversário pra dentro do nosso gol e um nível de competitividade menor”, comentou. No entanto, ele destacou a postura da equipe no segundo tempo, que conseguiu tirar proveito da superioridade numérica para buscar o empate.
Questionado sobre a entrada de Mateus Vital, jogador que tem sido alvo de críticas da torcida, Seabra defendeu sua escolha. “A justiça tá também no desempenho, aplicação, no que apresenta no dia a dia dos treinamentos. Ele (Vital) tem mostrado aumento da intensidade… tinha essa expectativa de que ele pudesse nos entender”, explicou.
E ainda ressaltou sobre a escolha do meia-atacante, justificando que por ter tempo de treinar, vem evoluindo a cada dia:
“Os jogadores que pegam uma sequência de jogo maior, faltam treinos aquisitivos. Quando a gente tem jogo a cada 4 dias, a véspera do jogo é o treino que dá pra fazer alguma coisa, mas não da pra ser muito. Os jogadores vem de um desgaste muito grande. Mesmo quando a gente tem uma semana cheia, a gente não consegue fazer com que eles treinem todos os dias. Já os jogadores que tem pouca minutagem, treinam todo dia de forma aquisitiva. É esperado que esses jogadores elevem um pouco seu nível.”
O técnico também abordou a substituição de Barreal, que deixou o campo sentindo dores, e reforçou a necessidade de esperar por uma avaliação médica para entender a gravidade do problema. Já sobre o próximo compromisso, contra o Boca Juniors pela Sul-Americana, Seabra admitiu a necessidade de ajustar a estrutura da equipe para melhorar a produtividade ofensiva, que tem sido baixa nos últimos jogos.
“Hoje mudamos de estrutura, já no primeiro tempo. Vamos avaliar se conseguimos neutralizar ou se precisamos de outra, pra que a gente tenha um jogo ofensivo mais produtivo que tivemos contra o Boca. Nos últimos três jogos nossa produtividade ofensiva tem caído bastante. Sabemos do que precisamos melhorar.”