FOTO: VINNICIUS SILVA / FLICKR OFICIAL CRUZEIRO E.C.
Os membros do conselho fiscal do Cruzeiro, Celso Luiz Chimbida, Geraldo Luiz Brinat e Ubirajara Pires Glórias pediram renúncia à mesa-diretora do clube na última segunda-feira (6) conforme noticiado pelo jornalista Thiago Fernandes, do portal UOL.
Num momento conturbado dos bastidores celestes, onde existem divergências nas correntes de pensamento sobre a forma como o clube é gerido, a notícia da renúncia volta a levantar questões a respeito do balanço ao qual tivemos acesso de forma antecipada, que apresenta divergências e inconsistências, conforme analisado aqui (clique aqui para ver a matéria sobre o balanço e aqui para ver a matéria sobre o caso Arrascaeta).
Após contato por telefone, o conselho Celso Luiz Chimbida, um dos conselheiros que pediram renúncia, informou que a saída foi por “questões técnicas” e disse cabe ao conselho, na figura do seu presidente (atualmente, o ex-presidente Zezé Perrella) explicitar para a imprensa os motivos que os levaram a tomar essa decisão.
Questionado sobre a renúncia ter alguma ligação com o balanço do clube e todo o debate gerado sobre ele, Chimbida diz: “ele (balanço) tem parecer do conselho fiscal? Pois é, não tem. Agora, os motivos de não ter e tal, também podem ser vistos na nossa renúncia. O conselho fiscal não emitiu parecer sobre o balanço” e complementa dizendo que “existem diretrizes do conselho fiscal de qualquer agremiação, de qualquer clube de futebol que nós precisamos acompanhar. E são simplesmente questões técnicas que nós não nos sentimos confortáveis de pegar e emitir. Por sermos cruzeirenses, entendemos que seria de bom alvitre que nós renunciássemos.”
Após apuração do portal Deus Me Dibre, soube-se também que a empresa BDO Brasil, reconhecida mundialmente como uma grande empresa de gestão, consultoria e auditoria, teria encerrado seus trabalhos no clube por não concordar com o balanço e não alinhar com os interesses da diretoria atual do clube.
Em relação às dívidas, o Cruzeiro soltou hoje uma nota informando o pagamento referente ao atleta Gonzalo Latorre, contratado junto ao meia uruguaio De Arrascaeta, em 2015, na gestão do ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares. O valor total aproximado da dívida foi de 18 milhões e 500 mil reais, que poderiam acarretar em sanções ao clube no campeonato brasileiro e também em outras esferas administrativas.