A eliminação para o Boca Juniors ainda repercute negativamente entre os cruzeirenses e na Argentina (sim, até lá) após arbitragens desastrosas que interferiram no resultado e minaram – e muito – as chances do Maior de Minas em conseguir reverter o placar. Lances cruciais como o gol do Barcos, o pênalti no Arrascaeta e a(s) expulsão(ões) do Dedé praticamente ceifaram qualquer possibilidade de escrevermos mais uma página heroica e imortal. Andrés Cunhas foi o grande nome da equipe de Guillermo Barros Schelotto sem precisar ter a bola no pé, mas sim um apito na boca. Triste, mas não surpreendente. A atitude conivente da Conmebol com diversos erros envolvendo equipes argentinas já fez dessa edição da Libertadores uma das maiores vergonhas do futebol Sul-Americano. Contudo, não há tempo de viver o luto. Temos uma final para disputar.
Ao lado de Arrascaeta, Thiago Neves é o artilheiro do Cruzeiro no ano com 11 gols em 45 jogos. Contudo, faz um 2018 irregular. Foto: Vinnicius Silva/ Cruzeiro E.C
Podemos tirar lições da eliminação para os argentinos. O primeiro tempo do Cruzeiro foi muito abaixo para uma equipe que precisava fazer no mínimo dois gols. Foram 5 finalizações e 40% de aproveitamento (2 certas). Thiago Neves tentou e errou muito, terminando a partida como o jogador que mais finalizou errado (5 vezes). O camisa 30 é o artilheiro do Cruzeiro na temporada, mas nem de longe é mesmo de 2017. Segue com o carimbo de decisivo muito pelos jogos do ano passado e início desse ano, quando foi importante na final do Mineiro. Porém, há algum tempo esperamos esse poder de decisão, que deu sinal de vida contra o Flamengo e só. Agora, mais do que nunca, é hora de voltar a brilhar, Thiago.
O Cruzeiro terminou o jogo com 17 finalizações e apenas 3 certas. Esse problema precisa ser corrigido. Foto: Footstats
Faltando dois meses para o final da temporada, o Cruzeiro deposita suas fichas de conquistar um título e voltar a Libertadores em 2019 na conquista da Copa do Brasil, além da premiação de R$ 50 milhões. O equilíbrio contábil e o trabalho do treinador Mano Menezes – que desde o início focou na disputa de Copas – depende disso. Temos uma equipe experiente e que conquistou o torneio ano passado. Precisamos de um jogo perfeito no Mineirão, pois a partida decisiva será em Itaquera e sabemos como o adversário representa uma ameaça não apenas no campo, mas nos bastidores. Não há tempo para luto e sim necessidade de muita luta e resiliência.
Foto de capa: Vinnicius Silva/ Cruzeiro E.C.
#MeDibre