
FOTO: MINEIRÃO / TWITTER OFICIAL
Quando o pior presidente da história do Cruzeiro, Wagner Pires, anunciou que Itair Machado seria seu vice-presidente de futebol, foi alertado do perigo dessa nomeação. Um sujeito de passado sombrio, sem currículo, com o grande feito de ter destruído o Ipatinga na mesma velocidade que ascendeu no cenário brasileiro, jamais poderia ter assumido o maior patrimônio de Minas Gerais. Dito isso, vale ressaltar que o mesmo presidente denominou o técnico Mano Menezes de “maestro da orquestra”. E ele realmente foi, escrevendo duas belas sinfonias que nos deram o bi-campeonato e se despedindo com um elenco envelhecido, mimado e que também o sabotou. Seu erro: não ter modificado às notas, apostado nas velhas partituras empoeiradas que ao serem tocadas já não encantavam como outrora. Suas digitais estão presentes na pior campanha da equipe no Brasileiro, pois saiu entregando a equipe na 18ª colocação, a mesma que estamos agora, 12 rodadas depois.
Rogério Ceni foi contratado, conseguiu somar 8 pontos em 8 jogos, algo que o antigo maestro não conseguiu nas suas últimas 11 partidas (somou 5). Identificou problemas de comportamento, físicos e a falta de fome de velhas raposas – para combinar com nosso mascote – que se sustentavam no time pelo passado vitorioso. O presente urgia por juventude, intensidade e um novo modelo de jogo. Rogério tentou, conquistou 2 das nossas 4 vitórias. No entanto, o trabalho foi interrompido após o jogo contra o Ceará. O motivo? as velhas raposas estavam insatisfeitas. Thiago Neves deu o “start” do motim, o mesmo que depois vai às redes sociais pedir apoio. Nessa queda de braço, Itair Machado, populista e incompetente, ficou do lado dos medalhões. Os mesmos que não jogam nada há meses.
Abel Braga chegou para apaziguar, com a benção das “lideranças”. Enfrentou Goiás, Internacional e Fluminense. Somou dois pontos de 9 possíveis, não conseguiu vencer. Ele tenta, mas se mostra defasado nos seus conceitos táticos. A equipe que antes tentava trabalhar a bola, ainda que de forma cambaleante, agora tenta sobreviver de cruzamentos – mal feitos – pra área, lançamentos longos das laterais e bolas esticadas pros atacantes trombarem. Hoje, o VAR nos tirou a possibilidade de vencer, a trave caprichosamente protegeu o adversário… mas Abelão não é o maior culpado. Quem o contratou, cedendo a mimos, sim. Os jogadores que entraram lutaram, mas falta qualidade. Fruto também do desmanche e esvaziamento que o elenco sofreu para que a pior diretoria da nossa história mantivesse uma estrutura de poder satisfeita, com conselheiros bem pagos para fechar os olhos aos seus desmandos.
Esse resultado é a construção de uma sinfonia da destruição que começou no fim de 2017 com a conivência de boa parte da imprensa, torcida e organizadas que se omitiram e não tocaram na ferida. Agora estamos a 4 pontos e duas vitórias a menos que o CSA, 16° colocado, primeiro time fora da zona rebaixamento com um elenco de anímico limitado que não consegue jogar, repete os mesmos erros a cada jogo e um terceiro técnico na temporada. Faltam 14 rodadas, precisamos de um aproveitamento de 6º colocado (52%) para chegar aos 43 pontos. Enquanto houver chance, PELO CRUZEIRO, não desistirei. Está cada vez mais difícil, são uma série de fatores que nos fazem ter apenas 4 vitórias em 24 jogos, mas o principal é a falta de comando, de hierarquia e de honestidade. Nada vai pra frente assim. O clube precisa ser limpo.
Wagner Pires, Itair Machado, Sérgio Nonato e medalhões sem compromisso: vocês destruíram o Cruzeiro.
“Assim como o Flautista de Hamelin
Conduzia os ratos pelas ruas
Nós dançamos como marionetes
Balançando para a Sinfonia
(…)
Da Destruição…”
#MeDibre