FOTO: MARCELLO DIAS / LIGHT PRESS / CRUZEIRO
Foi mais dramático que o necessário, mas um sinal de que o caminho pro Cruzeiro é seguir lutando até o fim pela permanência e não abandonar a base. Quem diz que terceirizar categorias é o caminho e que não revelamos está mal informado, viu Zezé Perrella? Novamente, os garotos nos deram pontos preciosos, como contra o Corinthians e Vasco. Já são 9 pontos conquistados com gols produzidos pela Toca I. Resultado que traz tranquilidade e um pouco de oxigênio pra um ambiente conturbado por tanta pressão.
O jogo foi disputado e aguerrido. O Cruzeiro segue com problemas oriundos das limitações técnicas e físicas do ataque. Marquinhos Gabriel e David, apesar de aplicados na recomposição, deixam muito a desejar com a bola. Além disso, Abel teima em mantê-los pelo lado com o pé invertido, algo que deixa o time previsível pois sempre cortam pra dentro e tentam um passe pra trás ou cruzamento. Já Thiago Neves e Fred não conseguem pressionar e trazer mobilidade, um problema antigo mas que tende a ser recorrente já que o técnico insiste em mantê-los no time titular. Nisso, devemos admitir que Rogério Ceni estava certo: ambos apresentam enorme dificuldade física pra atuar em alto nível. Mesmo assim, iniciamos o jogo pressionando o Botafogo. Aos 26′, após cobrança de escanteio, o jovem Cacá saltou mais alto do que toda a defesa do Botafogo e fez 1×0. O garoto fez ótima partida e liderou as rebatidas (7) e teve a maior nota segundo o site de estatísticas Sofascore (8). Depois disso, a equipe recuou demais e tomou pressão do Botafogo que apostava em jogadas de velocidade pelo lado, principalmente com Marcinho.
No segundo tempo, o mesmo cenário. Cruzeiro pressionado pelos donos da casa que terminaram o jogo com 64% de posse de bola, mas pecavam demais no último passe. Abel demorou a mexer e quando trocou, lançou Dodô no lugar de Marquinhos Gabriel, Cabral no lugar do Fred e Sassá no David. Com isso, montou um 4-1-4-1 com Henrique a frente da zaga, Sassá na referência e Thiago posicionado pela direita. Depois de muita pressão e duas grandes oportunidades do Botafogo, Ederson aproveitou uma assistência de Ariel Cabral fruto de um contra-ataque e, da entrada da área, bateu de chapa, no ângulo de Gatito Fernández. Golaço de um jovem volante que fez muita falta no jogo contra o Fortaleza e mostra como se tornou um dos principais jogadores da equipe. Enquanto os medalhões se arrastam, os garotos aparecem e mostram que a base é muito importante e quem diz o contrário está equivocado.
Adeus, Z4! Espero que em definitivo. O próximo confronto do Cruzeiro é contra o Bahia, no Mineirão. O tricolor de aço venceu apenas 2 vezes nas últimas oito partidas.
#MeDibre