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Contratado no início de 2019, na gestão de Wagner Pires de Sá, Vitor Roque – até então jogador do América – levantou uma discussão séria sobre aliciamento de jogadores menores de idade que ainda não haviam atingido a idade necessária de 16 anos para poder firmar contrato profissional. Isso tudo porque o Cruzeiro, da gestão Wagner Pires de Sá e Itair Machado, desembolsou quase R$1,5 milhão para contar com o jovem atacante.
Para contar com o atleta, o Cruzeiro na época fechou um contrato de prestação de serviços de “olheiro” com o pai do garoto, Juvenal Ferreira, no valor total de R$963 mil, onde o mesmo ficaria livre para escolher os jogos que quisesse – e quando quisesse. Nossa reportagem teve acesso a documentos que comprovam as informações trazidas pelo portal superesportes. Innclusive, o compromisso do clube em pagar a André Cury, empresário e intermediário da negociação, o valor de R$500 mil.
Outro ponto importante da história envolvendo o jovem Vitor Roque é a relação com o América-MG, que ainda em 2019 apontou que o Cruzeiro “roubou um jogador” na fala do próprio diretor de futebol Paulo Bracks. A Raposa foi denunciada no Ministério Público e o Coelho teve ao seu lado o apoio do Movimento de Formação do Futebol de Base (MFFB). Em maio de 2019, o Cruzeiro cedeu ao pedido do América – temendo mais represálias, uma vez que o clube já havia sido desconvidado de torneios da base e até mesmo a Taça BH ficou comprometida naquele ano – se acertaram e 35% dos direitos econômicos foram transferidos ao alviverde.
Até mesmo uma “peneira” foi feita com o intuito de esconder as tratativas do Cruzeiro com Vitor Roque. Em março de 2019 o Cruzeiro fez uma seleção de jovens onde supostamente teria descoberto o jovem atleta – mas o documentos que tivemos acessos apontam as tratativas sendo realizadas desde janeiro do mesmo ano. Vitor Roque deveria ter se apresentado ao América em fevereiro. O portal superesportes entrou em contato com os envolvidos na negociação do atleta e você pode conferir as declarações dos envolvidos clicando aqui.
Comissão para investigar contratos da base
O atual presidente Sérgio Santos Rodrigues, em um de seus primeiros atos ao ser eleito, foi criar uma comissão para investigar possíveis ilegalidades em contratos e identificar possíveis culpados. Caso obtenha sucesso nessa apuração, a ideia é levar os responsáveis a autoridades competentes.