SUPERAMOS O VITÓRIA, FALTOU A ARBITRAGEM

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Depois de duas derrotas seguidas no Brasileiro, o Cruzeiro foi a Salvador enfrentar o Vitória com time completamente reserva, já que quarta-feira jogamos a partida do ano contra o Flamengo, pelas oitavas de final da Libertadores. Não bastasse a dificuldade de todo o contexto inserido no jogo (desempenho aquém, time reserva, calor, desgaste) ainda tivemos que jogar contra uma arbitragem completamente estabanada e desastrosa, resultando em um empate por 1×1, quando o justo seria a vitória celeste. O senhor Eduardo Tomaz de Aquino Valadão conseguiu ser protagonista e decisivo para a equipe baiana ao inventar um pênalti inexistente de Murilo em Neílton (o contato foi fora da área) e anular um gol legítimo do zagueiro Manoel, já no fim da partida, impedindo os nossos três pontos. Um desastre. Já passou da hora do vice presidente de futebol Itair Machado aparecer para cobrar uma postura junto à CBF e a comissão de arbitragem. Se não pelas redes sociais – o mesmo apagou sua conta no Twitter – que seja através de representação na entidade ou em uma coletiva. O torcedor está cansado de assistir – impotente – o Cruzeiro ser prejudicado jogo após jogo no Brasileiro. Desde o retorno pós Copa, foram quatro gols anulados, todos em lances bastante questionáveis.

Rafael Sobis acertou a trave em duas oportunidades. O atacante fez uma partida muito boa.

A equipe iniciou o jogo com Rafael, Ezequiel, Manoel, Murilo e Marcelo Hermes; Lucas Romero e Ariel Cabral, Bruno Silva, Mancuello e David; Rafael Sobis. No primeiro tempo foi um jogo controlado pelo Maior de Minas. Com Sobis de falso nove, David atuava aberto pela esquerda com liberdade para infiltrar, mas ainda parece pesado e com falta de confiança para executar gestos técnicos de maior dificuldade, o que é normal após tanto tempo parado por lesão. Percebendo essa situação, Mano Menezes orientou que Rafael Sobis passasse a atuar pela esquerda, deixando David mais centralizado, próximo ao gol. A primeira finalização celeste foi aos 22′ do primeiro tempo, com David arriscando de longe e quase acertando o ângulo do goleiro Ronaldo. Aos 25′, triangulação entre Rafael Sobis, Ariel Cabral e Mancuello, o atacante acertou a trave. Logo em seguida, foi a vez de Mancuello exigir boa defesa do goleiro Ronaldo. Mais uma vez, o Cruzeiro criava várias oportunidades e as desperdiçava. Os comandados de Mano Menezes terminaram a primeira etapa com 55% de posse bola e 6 finalizações, 3 no alvo. A equipe da casa finalizou 3 vezes.

Na segunda etapa, mais um lance de perigo protagonizado por Rafael Sobis. Aos 9′, Marcelo Hermes cruzou, o atacante ajeitou de pé esquerdo e bateu forte, acertando o travessão. Após este lance, Mano Menezes sacou o atacante David (amarelado) para entrada do Raniel. Com isso, Sobis passou a atuar mais fixo pela esquerda, variando com Mancuello. A partir daí, as situações de perigo começaram a pender para o Vitória. Aos 13′, Manoel afastou mal e Yago finalizou para defesa do Rafael. O mandante igualou a posse de bola (49%x51%) e chegou mais uma vez com perigo em chute de Walter Bou, Rafael novamente apareceu. Aos 25′, pênalti inexistente de Murilo em Neílton. O mesmo bateu e converteu. Não deu tempo de comemorar, Mano Menezes lançou Arrascaeta no lugar de Rafael Sobis e foi dos seus pés, dois minutos depois, que surgiu o empate. O uruguaio cobrou falta na cabeça de Manoel, 1×1. Daí em diante, o jogo ficou aberto, com chances para ambos os lados. Wallyson quase marcou aos 43′, mas Rafael novamente fez boa defesa. Nos acréscimos, Manoel virou a partida, mas o árbitro assinalou perigo de gol e impediu que os três pontos voltassem para Belo Horizonte.

“Agora acabou a festa. O Cruzeiro nunca era ouvido, nunca era respeitado, mas a gente não está mostrando isso na força. Estamos mostrando que o Cruzeiro que é forte, e não os dirigentes que estão lá hoje. As pessoas têm que respeitar a instituição Cruzeiro, nós somos 9 milhões de torcedores, estamos entre os três maiores clubes do Brasil” frase dita pelo vice-presidente de futebol, Itair Machado, em março de 2018, em relação a FMF. Esperamos a mesma postura junto a CBF.

É difícil não ironizar a atuação da arbitragem nesse jogo após decidirem em lances capitais contra o Cruzeiro. Como dito no início desta crônica, a diretoria precisa cobrar que essa situação mude, pois o campeonato é difícil e não dá para ficar perdendo pontos por conta de erros de terceiros. Apesar disso, o time precisa jogar mais. É inaceitável que após tanto investimento a equipe de Mano Menezes esteja na 8ª colocação, com 25 pontos, 10 atrás do São Paulo. Temos elenco para mais, um treinador no comando há 2 anos e o desempenho segue irregular. Quarta-feira é decisão, que o descanso para os titulares surte algum efeito. A hora é agora! 

Fotos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.

#MeDibre

 

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