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”Técnico Mano Menezes está de volta ao comando do Cruzeiro” – 26/07/2016

”Grêmio acerta retorno de Renato Portaluppi” – 18/09/2016

À frente de seus respectivos clubes desde 2016, Mano Menezes e Renato Portaluppi são os técnicos com o trabalho mais sólido da 1ª divisão do futebol brasileiro. São 2 trabalhos vitoriosos, recheados de conquistas: do lado celeste, 1 campeonato estadual e 2 títulos da Copa do Brasil. Do lado gremista, 1 título da Copa do Brasil, uma taça Libertadores da América, a conquista da Recopa Sulamericana e um campeonato estadual.

Ambos campeões, porém com filosofias de trabalho muito diferentes. Do lado celeste, temos um Cruzeiro seguro, que marca poucos gols, sofre poucos gols, burocratico porém organizado. Formado por um elenco de muita grife e com poucos jovens no time titular (somente Arrascaeta é sub-25). Nenhum jogador titular do elenco celeste foi contratado em baixa ou considerado uma aposta de risco.

Já o Grêmio de Renato Portaluppi apresenta um futebol mais vistoso, com trocas de passe envolventes, criatividade e muita força ofensiva. É um time que vai na contramão da maioria dos grandes clubes, e aposta na recuperação de jogadores tais como Cortez, Jael, Leo Moura, Cícero e outros, muitas vezes escanteados em outros clubes. Apostar em jovens também é uma característica de Renato Portaluppi.

São duas filosofias diferentes e ambas campeãs. Cai por terra o argumento daquele cidadão mais emocionado que grita ”prefiro ser campeão do que jogar bonito” como se uma coisa excluísse a outra. Tão ilógico que não vale a pena nem aprofundar na discussão. Jogadores de grife vs jogadores renegados, experiência vs juventude, ataque matador vs defesa sólida. As taças podem ser levantadas de todas as formas possíveis, fica à critério (e capacidade) do treinador.

Mas o objetivo da coluna é mostrar um outro efeito que o nível de futebol apresentado influencia, e desta vez fora de campo. E estilos antagônicos como os apresentados por Mano Menezes e Renato Portaluppi, com tempo de trabalho similar e ambos vencedores, são a comparação perfeita. Desde a chegada de Mano Menezes e Renato Portaluppi no Cruzeiro e no Grêmio, quem se deu melhor negociando seus jogadores? Quem conseguiu valorizar melhor seus atletas e oferecer uma vitrine mais atraente para o mercado? Fiz um levantamento comparando:

Desde a chegada de Renato Portaluppi (2016), o Grêmio negociou:
Wallace (volante) – 10 milhões €
Arthur (volante) – 30 milhões €
Pedro Rocha (volante) – 12 milhões €
Jaílson (volante) – 4 milhões €
Bolaños (atacante) – US$ 3,2 milhões

TOTAL: R$ 251,68 milhões em vendas (na cotação atual)

Desde a chegada de Mano Menezes (2016), o Cruzeiro negociou:
Bruno Viana (zagueiro) – R$ 7,6 milhões
Rony (atacante) – R$ 4 milhões
Allano (meia-atacante) – R$ 1,5 milhões
Edimar (lateral esquerdo)- R$ 400 mil
Elber (meia-atacante) – R$ 500 mil
Diogo Barbosa (lateral esquerdo) – R$ 5,8 milhões
Vitinho (lateral direito/meia-atacante) – R$ 10 milhões

TOTAL: R$ 29,8 milhões em vendas (na cotação atual)

Além de arrecadar 1/4 de bilhão em jogadores negociados nos últimos 2 anos, o Grêmio ainda tem no elenco Luan e Everton (que chegaram no clube ainda no sub-20), para abarrotar ainda mais os cofres do clube. Quanto vale esta dupla? (Grêmio/Divulgação)

Que é possível ser campeão de várias formas, já sabemos. Mas para um jogador virar uma receita importante, ele tem que se destacar. Para ele se destacar, precisa ter sua capacidade explorada ao máximo. E para isto acontecer….bem, deixo para vocês raciocinarem. Ah, e tem o fator idade também. Principalmente para o mercado europeu.

Jogador jovem nas mãos de um treinador competente e que extrai o melhor dele, é garantia de lucro. Uma base que revela (que capta bons jogadores e os UTILIZA) é garantia de lucro, vide Wallace, Arthur, Pedro Rocha no Grêmio, que serviu de comparação hoje. Vide Flamengo, Fluminese, Santos, Palmeiras e outros, que lucraram horrores graças ao bom trabalho de CAPTAÇÃO nas categorias de base e a sua UTILIZAÇÃO no profissional.

Nos próximos 2 anos, será que o Cruzeiro vai conseguir tirar esta diferença para o Grêmio de quase R$ 220 milhões em negociações? Na sua opinião, quantos jogadores do nosso elenco vão chamar a atenção do mercado europeu? Para 2019, devemos seguir a mesma receita dos últimos 2 anos ou temos algo para mudar? Fica a reflexão.

#VamoQueVamo

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