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Enquanto o time do Cruzeiro busca se acertar dentro de campo, a torcida busca respostas e celeridade fora dele. O grupo de torcedores denominados “Nascidos Palestras Forjados Cruzeiro” vem cobrando respostas do Tribunal de Justiça de Minas Gerais a respeito das denúncias apresentadas pelo Ministério Público no dia 15 de outubro de 2020.
Há 702 dias o @showdavida juntamente com o @rodrigocapelo denunciaram crimes no Cruzeiro. @SergioSRoficial prometeu mas ninguém foi punido.
No âmbito público o @MPMG_Oficial acatou as denuncias e continuamos aguardando há 228 dias o @tjmgoficial punir os criminosos.
Até quando?
— Nascidos Palestra Forjados Cruzeiro (@NPFC1921) April 27, 2021
Em seu perfil no Twitter, o grupo de torcedores questiona a demora do órgão judiciário em apresentar uma sentença sobre a denúncia que colocou o ex-presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, além de outros ex-dirigentes como Itair Machado, como réus por crimes que vão de lavagem de dinheiro até formação de organização criminosa.
O grupo também relembra que as denúncias das possíveis irregularidades se tornaram públicas em rede nacional no “Fantástico”, programa da TV Globo, há mais de 700 dias.
Na tarde desta terça-feira (27) o perfil oficial do Ministério Público de Minas Gerais no Twitter respondeu aos torcedores, dizendo que as informações podem ser buscadas com o Poder Judiciário, marcando o perfil do Tribunal de Justiça, que até então não se pronunciou sobre o caso. O processo, inclusive, está em segredo de justiça. A demora na resolução do problema pode fazer com que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) seja acionado para intervir na situação.
Boa tarde. Informações sobre o trâmite de ações judiciais podem ser buscadas com o Poder Judiciário (@tjmgoficial)
— MPMG (@MPMG_Oficial) April 27, 2021
Relembre o caso:
A denúncia realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais aconteceu no dia 15 de outubro e colocavam Wagner Pires de Sá, ex-presidente do Cruzeiro, Itair Machado, ex-vice-presidente de futebol e Sérgio Nonato, ex-diretor-geral, como réus por crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. Um ex-assessor de futebol do clube, três empresários, o ex-presidente do Ipatinga Futebol Clube e o pai de um atleta da base do clube também foram denunciados na ocasião.
A 11ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte pediu a condenação dos envolvidos e uma indenização de aproximadamente R$6,5 milhões a título de danos contra o Cruzeiro. Em nota publicada no site do Ministério Público de Minas Gerais, o órgão disse que as investigações continuam e que empresas ligadas a outros dirigentes e conselheiros também estão sendo analisadas através de contratos firmados com o clube. A denúncia foi acatada pela justiça no dia 11 de novembro.