
Foto: Frederico Ribeiro
Quando jogador começa a ter mais voz ativa e comando dentro do vestiário do que o dirigente que está lá pra cobrar e exigir desempenho, o limite é ultrapassado e os problemas começam a aparecer. Ao derrubarem o segundo treinador da temporada, a esperança era que os medalhões chamassem a responsabilidade e fizessem o que não conseguiram até aqui: ganhar jogos. Estamos praticamente em outubro e jogadores como Robinho, Thiago Neves, Edílson e Sassá se arrastam em campo. Não é só preparação física, falta profissionalismo também. Ceni não queria separar esse grupinho pra aprimorar fisicamente por acaso. Aliás, o único que chegou recentemente com um pingo de profissionalismo e vontade de fazer o certo, detectou onde estava o problema e pediu autonomia pra mudar. Chegou a propor trabalhar sem receber. Itair optou pela panelinha. E agora, vai ter pedido de palavra no vestiário, Dedé? Esse é o problema de ter uma diretoria que é um verdadeiro bagaço da laranja.
Sinceramente, não tenho nem vontade de comentar sobre o jogo. Foi o mesmo cenário de sempre. Time bem postado em campo, se defendendo com alguma eficiência e quando tinha a bola conseguiu produzir boas chances de marcar e… não marcou. Abel montou o time no 4-2-3-1 dando liberdade pro Orejuela atuar adiantado pela direita, fixando o Henrique na cobertura enquanto Robinho organiza por dentro, próximo ao Thiago Neves. Lado esquerdo com David se associando com Ederson (novamente bem) e Egídio foi mais perigoso. Pela direita e no meio o time errava demais, principalmente com Orejuela e Thiago. Novamente, faltou capricho no acabamento e no segundo tempo sofremos um gol do Alan Ruschel após falha de Dedé e Edílson, pivôs dos últimos acontecimentos. Em alguns momentos lembrou até o time do Mano, tendo mais velocidade pelo lado que atua o ponta e cadenciado pelo lado do meia. O gol do Thiago Neves anulado pelo VAR destruiu o psicológico da equipe e o gol sofrido acabou de nos afundar, com a equipe não conseguindo reagir no segundo tempo.
Depois desse jogo talvez Dedé, Thiago Neves e demais membros da panela percebam porquê Edílson não vinha jogando. O cenário é catastrófico. Já estamos no terceiro técnico e esse grupo acomodado que fala muito e joga pouco não entrega resultados. Fica claro que o problema está nos superiores. Hierarquia reversa culmina nisso. Diretoria perdida e sem credibilidade, está na mão dos jogadores. Fica difícil encontrar palavras. Sentimento é de cansaço e desânimo. 1 ponto contra Ceará e Goiás. Faltando 16 rodadas e com 48 pontos em disputa, precisamos de 26, um aproveitamento de 54% (no momento temos 29%) e Internacional e Fluminense pela frente, dentro do Mineirão. Sei que está difícil, mas resta a nós, torcedores, tentar de alguma forma salvar essa Instituição.
Diretoria, parabéns. Vocês são o suprassumo do bagaço, a pior gestão que já passou pelo Cruzeiro. Independentemente de qualquer coisa, jamais desistirei dessa camisa. Vocês vão passar e o nosso clube ficará. A pena é longa, mas não perpétua. Ainda não joguei a tolha, por mais que esse grupo de descompromissados e essa gestão catastrófica não deem sinal de recuperação.
#MeDibre