
FOTO: VINNICIUS SILVA/ FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
O que faltava para o Cruzeiro nesse mês de turbulência e instabilidade tanto nos bastidores quanto no campo? Nada, diriam os ingênuos. Mas o sorteio da Copa do Brasil veio para mostrar que é possível mexer ainda mais no brio da torcida celeste. Logo nas quartas de final um clássico regional, que só será realizado daqui a um mês. Em resumo, nem a parada para a Copa América será um momento de tranquilidade e paz, pois não há um ser vivo que não tenha ficado um pouco mais ansioso com esse jogo.
Além do jogo em si, vamos lidar com a incapacidade dos dirigentes mineiros, da CBF e de todo o quadro de cartolas que envolve o futebol para organizar um clássico. Já adianto a pauta das próximas matérias: preço e quantidade de ingressos; proibição de instrumentos e bandeiras; provocações e incitação ao ódio e a violência de forma gratuita; etc.
Nem entro no mérito do local do segundo jogo. Já é sabido que na menor chance de não matar o confronto no primeiro jogo (coisa que dificilmente vá acontecer) o rival vai mandar o clássico pro pequeno estádio do América. Privando milhares de torcedores de acompanharem um jogaço no Mineirão. Triste realidade que foi vista esse ano mesmo, na final do estadual.
A parte boa é que nós sabemos quem é que realmente manda na Copa do Brasil. Nesse confronto são 6 títulos contra 1. E junto vem a chance do Cruzeiro acabar com mais um argumento falaciosos dos rivais, que gostam de exaltar sua única conquista como se valesse “mais”. O torcedor do Cruzeiro fica lisonjeado pela consideração, claro. Ganhar do maior campeão da Copa do Brasil, um dos maiores campeões nacionais e internacionais é tarefa que merece ser ressaltada mesmo.
Agora, mais do que nunca, Mano Menezes terá que definir em sua cabeça qual seu objetivo para o segundo semestre. Acabou esse negócio de dar chance ao azar. Para avançar na Copa do Brasil, se recuperar no Brasileirão e passar do poderoso River Plate, esse time terá que trabalhar muito e jogar muita bola. É hora de mostrar que é mesmo o técnico que é, que tem “o controle do grupo” e que não deixa que os problemas de bastidores – que não tendem a diminuir – não vão influenciar o campo.