UM GRANDE PASSO FOI DADO, FALTAM 90 MINUTOS

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Toda final de campeonato é tensa, estudada e com poucas oportunidades de gol para as equipes. O primeiro confronto da finalíssima da Copa do Brasil, no Mineirão, teve um pouco desse contexto, mas apenas uma equipe jogou. Jair Ventura optou por entrar com uma postura super defensiva, com seu time dando três finalizações e nenhuma no alvo, tornando o Fábio um mero telespectador. Já o Cruzeiro controlou o jogo como quis, sem sofrer com um adversário satisfeito em se defender. Mostrou maturidade, organização e concentração. Contudo, não dá para ignorar o antigo problema: milhares de chances perdidas. O 1×0 saiu barato e deixa o Corinthians muito vivo.

Mano surpreendeu com Ariel Cabral na vaga do Lucas Silva. Sua justificativa se baseava no fato do argentino ser mais “meia” do que o brasileiro. No primeiro tempo, essa alteração acrescentou pouca coisa, com a dupla Henrique e Cabral deixando espaços no meio campo, mas como o adversário pouco agredia, não fomos ameaçados. Os 20 minutos iniciais foram de um Cruzeiro tentando circular a bola com pouca criação e infiltração. O Corinthians se fechou no 4-1-4-1 e atacou pouco, tendo em Jadson o principal articulador. A partir da bola na trave do Thiago, a equipe cresceu. Antes da partida, pedia um um Thiago Neves decisivo pois não teremos outra chance, final não se joga, se ganha. Começou oscilando e depois esteve envolvido nas as principais chances de perigo: Bola na trave, passe para a cabeçada do Henrique e o gol.

12° gol em 46 jogos. Sem dúvidas, o mais importante do Thiago Neves na temporada. Mostrando o porquê de ser considerado um jogador decisivo. Foto: Vinnicius Silva/ Cruzeiro E.C.

No segundo tempo, o Corinthians teve mais posse de bola, mas não conseguiu agredir a área cruzeirense. O time paulista conseguiu apenas uma finalização (errada), enquanto o Cruzeiro quando tinha a posse de bola buscava o apoio de Rafinha e Egídio, com Barcos ganhando primeiras bolas e mantendo a posse no ataque. Barcos e Dedé tiveram grandes chances de cabeça e a bola caprichosamente não entrou. A vantagem por 1×0 é boa, ainda que pudesse ter sido melhor já que tivemos bola na trave e o Cássio operando milagres. A maturidade que a equipe atingiu traz confiança, mas sempre com os pés no chão. O Cruzeiro venceu todos os jogos fora de casa nessa Copa do Brasil, agora pode empatar por 0x0 que garante o título. Faltam 90 minutos para o Hexa. Com foco e humildade, vamos chegar lá.

                                                                        Scouts da partida. Foto: Footstats.

Suspensão do Egídio

Ausência de Egídio será muito sentida, mas quem quer ser campeão tem de superar todas as adversidades. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Apesar do ótimo resultado conquistado, o Cruzeiro sofreu uma dura perda. Pendurado com o segundo cartão amarelo, o lateral esquerdo Egídio desfalcará a equipe em Itaquera. Líder de assistências na temporada com nove, a ausência do titular será muito sentida, principalmente pela temporada ruim do Marcelo Hermes. Minha alteração seria simples, deslocaria o volante Lucas Romero para esquerda. Mesmo nunca tendo jogador por ali, a versatilidade do atleta nesse momento pode ser importante, liberando mais o Edílson na direita explorando o limitado Danilo Avelar.

Mais do que nunca, China Azul, vamos juntos #PeloHexa

Foto de Capa: Vinnicius Silva/Cruzeiro.
#MeDibre

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