
FOTO: PEDRO VALE

Foto: Vinnicius Silva
Quando o zagueiro Léo anunciou sua permanência para fazer parte da reconstrução de um novo Cruzeiro talvez nem ele imaginasse a força e o peso de tal atitude não só dentro do clube mas também num contexto geral, saindo até do futebol. As fortes chuvas que caem em Minas Gerais destruíram casas, famílias, sonhos, esperanças e bens materiais. Uma tragédia que em alguns momentos lembra cenas de filme de terror. O sentimento de reconstrução passa não só pelo Cruzeiro mas também pelo povo mineiro.
Natural de Belo Horizonte, Léo iniciou sua carreira longe de Minas Gerais, mas o destino reservou pra ele um lugar no Maior de Minas. Poder jogar pelo clube de coração é um privilégio que poucos podem ter. Já são quase 10 anos de clube, muitos altos e baixos e uma série de títulos conquistados. Nenhum deles chega perto do gesto de gratidão que demonstrou em não sair no pior momento da nossa história. Léo resolveu ficar, lutar e demonstra no dia a dia, trabalhando duro ou mesmo nas redes sociais seu compromisso com essa remontada. Fundamental para que outros jovens vejam que o dinheiro não é tudo, caráter e honra estão acima de qualquer valor financeiro. Fomos – e estamos sendo – tão apunhalados por falsos ídolos que agora é preciso enaltecer sim quem realmente se dispõe a fazer a diferença. O mundo está cheio de medíocres, mas sempre haverá alguns bons que valem a pena.
Que Cruzeiro e Minas Gerais estejam unidos nessa reconstrução. O clube ratificou sua importância social ao entrar em campo ontem com manchas de lama em sua camisa, organizou doações de cestas básicas e camisas cumprindo seu papel de solidariedade e esperança de um novo começo. Que outros “zagueiros Léo” apareçam para demonstrar compromisso e gratidão por quem tanto nos retornou e agora precisa de ajuda. Força Cruzeiro. Força Minas Gerais.
#MeDibre