Proponho uma aposta. Estou precisando de uma grana extra! Essa é pra você, atleticano, que vem conferir o que eu opino ou reporto por aqui. A aposta é simples e direta: cada um casa 31 reais para quem vai sair vencedor de Cruzeiro x Boca Juniors. Ah, eu ainda dou o empate!
Tirando a zoeira – da aposta, por que da grana eu to precisando mesmo e logo ela virá – logo mais dois gigantes do futebol sul-americano vão se reencontrar. No bom e velho mineirês, é aquele jogo que a gente vê e fala: NÚ!
E enfrentar o Boca em seus domínios, na mística La Bombonera, é um bagulho dos mais complicados. Até hoje, somente cinco clubes brasileiros venceram os argentinos lá em Copas Libertadores: o Santos de Pelé (1963), o Cruzeiro de Dida, Ronaldo e Nonato (1994), o Paysandu de Iarley (2003), o Fluminense de Fred e Deco (2012) e o Palmeiras, desse ano, que nós vencemos.
E é por isso que minha proposta era apostar 31 reais, pra não esquecer que demorou 31 anos depois da vitória do Santos, para um time brasileiro… ou melhor, para o GIGANTE de Minas, fazer as honras de voltar a vencer os hermanos na Argentina.
Mas não é muito difícil explicar esse fenômeno.
O Boca sempre formou grandes times, um fato. Na cancha deles o bicho pega, a torcida é insana e a juizada costuma ser duma complacência com um artificio muito utilizado pelos jogadores xeneizes, o famoso “da medalhinha para baixo, tudo é canela”. Os caras batem com gosto e os sopradores de latinha só no “siga la pelota”. Claro que a mesma paciência com as jogadas mais ríspidas, não acontece para os brasileiros. Os hermanos hablan, enquanto nós falamos. E qual é mesmo o idioma predominante da LA e da Conmebol?! Pois é.
Antigamente a TV não tinha tantos recursos como atualmente. Hoje são trocentas câmeras que são utilizadas para transmitir os jogos, mostram as jogadas de todos os ângulos, o que acaba por inibir a “má fé” da arbitragem e a violência dos argentinos.
Dito isso tudo, fica evidente que o Cruzeiro é foda mesmo! Mesmo contra todas essas dificuldades, em 1994, Dida, Paulo Roberto, Célio Lúcio, Luizinho e Nonato. Ademir, Douglas, Luis Fernando Flores e Macalé (Cleisson). Ronaldo e Roberto Gaúcho, sapecaram os caras no La Bombonera , 2 a 1, gols de Paulo Roberto e Roberto Gaúcho.
É, foi boa essa vitória, mas lá se vão 24 anos sem vencer pelas bandas de lá. A ultima vez que os enfrentamos em território cisplatino foi nas oitavas de final da Libertadores de 2008, derrota por 2 a 1. E pior, o último confronto entre as duas equipes foi em 2008 também, no jogo da volta das oitavas, com uma nova derrota pelo mesmo placar.
Lá se vão dez anos desse último duelo e o caminho das duas equipes se cruzaram novamente na maior competição do continente Sul Americano e dessa vez vale vaga para semifinal do torneio. Boa hora para devolver a derrota que sofremos em 2008 para os bosteros – como são conhecidos “carinhosamente” por lá.
E a verdade é que vencer os caras lá da moral demais para o jogo da volta. Parece meio óbvio, mas falo isso por que argentino parece ter gelo nas veias, os caras jogam fora de casa e não tão nem aí para pressão de torcida, fogueteiro em hotel, porra nenhuma disso. Então é meio que necessário buscar ganhar por lá e ter essa moral, pra que na volta o Mano tenha a tranquilidade de sempre pra fazer aquele joguinho de “uma bola”. Retranca “boca de bode” e uma goleada fantástica de 1 a 0.
Que os Deuses do Futebol – e os capirotos também, por que não?! – estejam com nossos guerreiros hoje a noite!