Na última segunda-feira estive presente no evento de lançamento do livro “2003 – A TRÍPLICE HISTÓRIA DE UM TIME MÁGICO” escrito pelo eterno talento azul Alex e pelo grande amigo Anderson Olivieri. E foi lendo o livro que me dei conta do quão grande é o feito da tríplice coroa, como o Cruzeiro é um clube gigante e o quanto nós, enquanto torcedores, precisamos de reafirmar isso a todo momento!
15 anos se passaram desde a mágica conquista de 2003 e, desde então, nenhum outro time no Brasil conseguiu repetir a façanha de conquistar o estadual, a Copa do Brasil e o Brasileirão no mesmo ano. E não bastasse o passado de glórias, o Cruzeiro segue colecionando mais que títulos e vitórias, mas feitos inéditos que parecem impossíveis de se repetir. O mais recente sendo o bicampeonato seguido da Copa do Brasil.

Ao fundo eu tietando o Talento Azul no evento de lançamento do livro (Foto: Acervo Pessoal)
Para se ter dimensão do que foi o ano de 2003, vamos aos números que refletem – um pouco só, diga-se – o que foi aquele ano:
73 jogos (2 amistosos, 12 mineiro, 11 Copa do Brasil, 2 Sul-Americana, 46 Brasileiro)
52 vitórias / 13 empates / 8 derrotas
179 gols feitos / 70 gols sofridos
Alex, nosso eterno talento azul – e o maior camisa 10 que eu vi em toda minha vida, só naquele ano, marcou 39 gols. Sim, meus amigos, em apenas uma temporada, um camisa 10 marcou quase quatro dezenas de gols. E a história do talento não para por aí, sabemos bem. Mas se for pra falar só de Alex, precisamos de uma coluna a parte.
Agora vou contar uma história pessoal para fazer você entender o que significa 2003 pra mim: vim de uma família que não tem aficionados por futebol, meu pai mesmo nunca acompanhou e tampouco torceu pra algum time. Cresci até minha adolescência tendo lampejos do que era o futebol e, mesmo me identificando como cruzeirense, não havia ainda tido a oportunidade de me apaixonar pelo azul celeste.
Foi então que aconteceu 2003. O Cruzeiro era assunto em tudo, na escola, na rua, na TV, nos rádios e nos jornais. Eu consumia o Cruzeiro até mesmo sem querer. Já tinha ido no Mineirão antes, claro, mas foi em 2003 que eu sozinho resolvi enfrentar a fila de ingresso e ir a um jogo sem companhias. E ao entrar no antigo Mineirão, me senti parte daquele mar azul. Cantar repetidas vezes “caiu na rede é peixe” ou “explode coração” me enchia de um orgulho descomunal.
Foi em 2003 que eu me apaixonei pelo futebol e pelo Cruzeiro. E foi ali que eu decidi que, de alguma forma, gostaria de fazer parte daquilo. E com jogar nunca foi minha praia, decidi mesmo sem saber que o jornalismo esportivo seria um sonho a ser perseguido. E aqui estou hoje, formado em jornalismo e ainda começando uma caminhada que eu espero ser aquilo que eu sonhei. Se não for, não tem problema, falar, comentar e escrever sobre o Cruzeiro é algo que eu posso fazer até mesmo pagando!
Enfim, o aniversário de 15 anos da tríplice não poderia passar em branco por aqui. Que novos grandiosos feitos como aqueles se repitam e que mais torcedores possam se apaixonar e acreditar no Cruzeiro como eu acredito!
Foto de capa: Vinncius Silva / Cruzeiro E.C. / Flickr Oficial