VAR na Série B não tem ajudado a reparar erros contra o Cruzeiro; clube se reuniu com CBF nesta tarde

Compartilhe

FOTO: ELTON NOVAIS / GE.GLOBO

O Cruzeiro se reuniu na tarde desta segunda-feira (20) junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para questionar problemas sofridos recentemente com a arbitragem da Série B do Campeonato Brasileiro. O diretor técnico Ricardo Rocha, o diretor executivo André Argolo e o superintendente jurídico Flávio Boson representaram a Raposa. O presidente Sérgio Santos Rodrigues, que tem boa relação com a diretoria da Confederação, não esteve presente.

Em pauta, além dos lances que envolveram o VAR na partida que terminou 1 a 1 contra o Operário, também estará o lance envolvendo um pênalti não marcado em Adriano, no empate contra o Vasco, jogo realizado no último domingo (19).

Mas não são apenas esses os lances passíveis de reclamação. Desde a implementação do árbitro de vídeo, iniciado no segundo turno do Campeonato Brasileiro, que teria como objetivo revisar possíveis erros acontecidos dentro de campo, o Cruzeiro tem sido prejudicado de forma constante com erros de arbitragem.

Logo na estreia da tecnologia do VAR na Série B, no jogo entre Cruzeiro e Confiança (20ª rodada), tanto o árbitro principal quanto o responsável pela revisão das jogadas, deixou passar um pênalti sofrido por Bruno José no começo da partida. Na ocasião, Bruno dominou a bola dentro da área e foi puxado pelo braço quando iria finalizar a jogada. A Central do Apito, da TV Globo, que transmitia a partida, reconheceu que a penalidade deveria ter sido marcada. Apesar disso, o Cruzeiro venceu a partida por 1 a 0.

Momento em que Bruno José, em condição legal, é puxado dentro da área (IMAGEM: Premiere / PPV)

Outro lance que gerou polêmica aconteceu no jogo entre Goiás e Cruzeiro (22ª rodada). Logo após marcar 1 a 0, o Cruzeiro viu o Goiás empatar em uma saída de bola considerada irregular. No momento em que o jogo é reiniciado, o atleta do Goiás que recebe a bola está posicionado à frente da linha de meio de campo. Nem o árbitro e nem o VAR perceberam a irregularidade, que também foi apontada pela equipe especializada que fazia a transmissão da partida. O jogo terminou empatado em 1 a 1.

Saída de bola irregular do Goiás, lance originou o gol de empate (IMAGEM: Premiere/PPV)

Depois foi a vez dos lances que levaram o Cruzeiro a procurar a CBF, contra o Operário (24ª rodada). Na ocasião, o árbitro cometeu o erro de reiniciar o jogo e dar continuidade à partida, para só depois checar com o VAR se houve ou não pênalti de Eduardo Brock no jogador do Operário. Apesar do pênalti ter sido cometido, a marcação não poderia acontecer com base no árbitro de vídeo, pois de acordo com as normas do VAR, o árbitro permitiu o reinício da partida em uma nova jogada.

Outro lance dessa mesma partida que também foi questionado e acabou causando tumulto, se deu pela origem do que foi o segundo gol do Cruzeiro, posteriormente anulado. O árbitro validou o gol e após muitas reclamações dos jogadores do Operário, foi chegar o lance no VAR, que não apresentou nenhuma imagem conclusiva sobre um possível toque de mão. Ainda assim, sem qualquer comprovação, o árbitro preferiu pela anulação do gol. A partida terminou empatada em 1 a 1.

Por último, o lance visto no último jogo, contra o Vasco (25ª rodada) em que o atleta Marquinhos Gabriel agarra e impede a progressão do volante Adriano, do Cruzeiro, em um lance de escanteio. A imagem é clara e os especialistas de arbitragem da transmissão identificaram a falta dentro da área. Entretanto, nem o árbitro e nem mesmo o VAR marcaram a penalidade. O jogo terminou 1 a 1.

Momento em que Marquinhos Gabriel comete possível pênalti em Adriano (IMAGEM: Premiere/PPV)

Vale ressaltar que a tecnologia do VAR utilizada na Série B do Campeonato Brasileiro era diferente da utilizada na Série A. A ferramenta utilizada na segunda divisão do certame nacional contava com apenas cinco câmeras, enquanto a primeira divisão atualmente conta com sete equipamentos disponíveis. Uma alteração para igualar as condições foi determinada há pouco mais de três dias, quando o Conselho Técnico dos Clubes se reuniu justamente para questionar e buscar uma solução para os problemas apresentados pelo VAR na competição.

 

Compartilhe