Foram 15 meses sem vencer fora de casa. Tempo demais para um gigante como o Cruzeiro, mas ela veio numa hora tão importante para a história vitoriosa do Maior Clube de Futebol de Minas Gerais. Corinthians 1 x 2 Cruzeiro! Uma vitória que dá esperança do time ter reencontrado o seu melhor futebol e possível de construir um caminho mais tranquilo na luta contra a zona de rebaixamento.
No primeiro tempo, Abel Braga adotou a estratégia de usar uma marcação que inicia no campo de defesa do adversário – da mesma forma como vimos no jogo contra o São Paulo – e vem dando resultado. Até os 15 minutos a partida que normalmente seria de pressão alvinegra, foi de muita marcação e poucas chances de gols.
Aos 18 minutos um susto, Dedé pediu substituição em seu lugar entrou Cacá. Minutos depois a partida ficou mais aberta para ambos os times e Fred perdeu uma chance inacreditável de abrir o placar. Atacante recebeu um passe de Marquinhos Gabriel, o jogador ficou livre, ele, goleiro e gol, na hora de tirar uma nota, o goleador bateu a bola para fora. A resposta do Corinthians foi imediata. Numa jogada nas costa do Egídio por muito pouco a equipe paulista não abriu o placar.
A sorte sorriu primeiro para o Corinthians. Aos 33 minutos uma falha de todo sistema defensivo. A bola que saiu do lado esquerdo de nossa defesa, viajou até a direita, Fabrício Bruno subiu muito pouco, cortou mal o cruzamento e a bola sobrou para Fagner que conseguiu acertar um chute cruzado, mesmo marcado de perto por Marquinhos Gabriel. Por sorte, não houve sequer tempo de assimilar o baque e logo no ataque seguinte, pênalti claro para o Cruzeiro. Fred bateu e marcou.
O segundo tempo a constatação do óbvio: sem Dedé, bola levantada na área da Raposa é um “Deus nos acuda”. Cacá e Fabrício Bruno precisam de mais entrosamento e ritmo, óbvio. Mas num desses vacilos quase Pedrinho marca – Fábio foi o salvador, sem novidade. E a pressão corinthiana continuou, mas o time soube segurar e cresceu na partida, criando boas chances com Thiago Neves e Fred.
ÉDERSON, O PREDESTINADO:
Ederson perdeu uma bola no ataque, ficou pelo chão. O Corinthians foi ao ataque. O volante continuou na intermediária adversária caído. O lateral Fagner deu uma “bica”na bola para o seu campo de defesa, Ederson que estava voltando para o jogo, recebeu o presente, sem marcação, apenas tendo que sair do goleiro Walter e dando um tapa categórico pra empurrar a bola pro fundo do gol. A virada celeste veio com o misto de sorte, aproveitamento e muito pulso do juiz, que continuou a jogada mesmo com o erro do árbitro assistente que subiu a bandeira de forma errada.
Placar definido, Abel fechou a equipe – saiu Robinho, que não fez uma boa partida e entrou Ariel Cabral. Depois tirou Fred e colocou Joel, “o Cruel” que fez sua reestreia no Cruzeiro. O Corinthians até tentou forçar uma pressão com a entrada de Vagner Love, mas nada mudou. A vitória celeste estava consolidada. Momentaneamente, o Cruzeiro está fora da zona do rebaixamento e pode continuar assim, basta Ceará e CSA, que estão abaixo da Raposa na tabela de classificação com 26 pontos, não vencerem seus jogos, respectivamente contra Bahia e Botafogo.
OPINIÃO:
Já faz um tempo que eu estou indignado com a postura que alguns atletas assumiram dentro do Cruzeiro, se achando maiores que a instituição. Mas no jogo de hoje, os “paneleiros” deixaram de lado todo o ego que tanto prejudicou o Cruzeiro e colocaram a vontade na ponta da chuteira. Thiago Neves, que para mim, foi o que mais fez e falou bobagens, correu muito, se entregou, deixou tudo dentro de campo.
Ederson joga demais. No meio dessa zorra que se instaurou no Cruzeiro, ele é um fator positivo, joga muito. E no gol mostrou muita malandragem, experiência de veterano. Já pensou se ele para quando o auxiliar de arbitragem levantou a bandeira? Valeu moleque!
Espero que o torcedor cruzeirense tenha aprendido com os próprios erros e não se esqueça jamais de tudo que estamos passando. A resposta em campo, não passa por esses caras que dominaram a instituição. É preciso com urgência exigir responsabilidade dos que lá estão. É inadmissível um conselho gestor que figure pessoas que estavam envolvidas até o pescoço com a corja que quase colocou a instituição em ruínas.
Foram omissos, covardes, receberam inúmeros benefícios e não merecem posição nenhuma no clube! Mas isso é assunto pra outra matéria.
ZEIROOOOOOOOOO!