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Cruzeiro

Zona Mista: Marlon reforça respeito na disputa por posição e rechaça “panelinhas” dentro no elenco

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O Cruzeiro avançou para as quartas de final da Copa Sul-Americana após um jogo emocionante contra o Boca Juniors. O time celeste venceu nos pênaltis por 5 a 4, após conquistar uma vitória por 2 a 1 no tempo regulamentar. No jogo de ida, o Boca havia vencido por 1 a 0. Um dos momentos decisivos foi a cobrança de Merentiel, que acabou chutando para fora, selando o destino da partida.

Na zona mista, o lateral-esquerdo Marlon fez um desabafo sobre a maneira como a competição interna foi abordada, destacando seu respeito e disposição para ouvir críticas. Ele mencionou que, apesar de sempre se colocar à disposição para dialogar com a imprensa, algumas situações recentes o incomodaram profundamente.

Marlon ressaltou o potencial dos jovens jogadores Kaiki, Japa e Vitinho, que se destacaram na base e estão agora no time profissional. Ele lamentou a saída de Robert, que sofreu com críticas externas, e criticou a forma negativa como a competição interna tem sido fomentada, especialmente para jogadores em início de carreira. Marlon também compartilhou sua própria experiência, comparando a situação atual com o tempo em que esteve na reserva e jogou fora do Brasil.

“A disputa de posição é normal. Fiquei muito chateado porque aconteceram algumas situações e sou um cara muito solícito e respeito todo mundo, não fujo de nenhum tipo de crítica e sempre quando a equipe tá numa situação ruim ou boa dou a cara pra falar com vocês (imprensa). Colocaram algumas situações que me incomodaram muito. Temos o Kaiki, o Japa e o Vitinho no profissional da equipe. São três meninos que foram muito vencedores na base do clube e tem um potencial tremendo. O Robert recentemente saiu porque o externo deu muita pancada no garoto. Temos aqui trinta e poucos jogadores e todos querem jogar. Imagina incitar uma competição interna de uma maneira negativa pra um garoto que está começando. Já estive nos lugares do Kaiki, Japa e Vitinho. Já tive muito tempo na reserva, fui jogar mais em Portugal e na Turquia do que no Fluminense.”

Marlon expressou sua frustração por ter sido substituído no empate contra o Vitória pois sentiu que sua performance não estava à altura e ficou incomodado com um lance específico. Ele enfatizou que, embora possa ter divergências, nunca desrespeitaria um companheiro de equipe e garantiu que não há desentendimentos ou panelinhas no vestiário e descartou qualquer tipo de “panelinha” dentro do vestiário:

“No jogo passado fiquei chateado de ter saído da partida porque não estava entregando uma performance que eu queria e tinha acontecido um lance que me incomodou. Jamais desrespeitando o companheiro, pode falar com o Kaiki ou Seabra ou com qualquer um que seja, não é demagogia, aqui não tem isso. Não tem jogador ruim de vestiário, que faz panelinha ou qualquer coisa do tipo. Vim aqui fazer essa declaração também para colocar um ponto final porque me incomoda muito. A gente é solícito, a gente tenta falar com todos e vocês que tem o poder de fazer análise e crítica tem uma influência muito grande no externo, então pra isso ficar bem tranquilo, vai ter jogo que vai jogar o Kaiki, outro o Marlon, mas quem tem que ganhar é o Cruzeiro.”

O lateral ainda traçou um paralelo entre as equipes do ano passado e desse ano destacando que, enquanto no ano passado a equipe enfrentou muitas limitações e conseguiu alcançar seus objetivos através da união, este ano o cenário é mais promissor com uma ampla gama de opções e jogadores de qualidade:

“Quando a gente veio pra cá no projeto do ano passado foi uma situação muito diferente. Tínhamos uma equipe com muitas limitações que se uniu e conseguiu atingir o objetivo. Esse ano temos um leque de opções e muitos jogadores de qualidade, queremos fazer o Cruzeiro chegar mais alto, quem jogar vai ter que ajudar. Estava chateado de não jogar? Estava realmente, quero jogar sempre e trabalho pra isso. Jogador que não tem ambição não pode jogar em um clube como o Cruzeiro, mas estava preparado que mesmo chateado no trabalho tem que estar pronto para exercer sua função. Fui feliz e ajudei e por ventura se precisar novamente sair do banco pra ajudar vou fazer isso assim como qualquer outro companheiro.”