FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO
Na tentativa de recuperar as posições perdidas na tabela do Brasileiro, após duas derrotas seguidas e um final de semana de folga na competição, o Atlético recebeu o São Paulo, no Mineirão, pela sétima rodada. O campeão mineiro venceu o tricolor paulista por 3 a 0 e voltou ao G4 da competição. Apesar do placar elástico, o atleticano viveu momentos de adrenalina na partida com bolas na trave de Rafael e um gol anulado do adversário.
Na constante trocas da escalação inicial, Réver e Savarino, titulares contra o Tombense, saíram para as entradas de Igor Rabello e Hyoran. Em um ótimo primeiro tempo, o São Paulo colecionou bolas na trave e desperdiçou diversas chances de abrir o placar. Aos 6 minutos, Luciano acertou a primeira na trave, Tchê Tchê finalizou na sequência, exigindo boa defesa de Rafael e, no rebote, Pablo finalizou pela terceira vez no lance, mas cabeceou para fora. Com espaço, o São Paulo pressionava a saída de bola do Galo, forçando o erro de passe e bombardeando a meta de Rafael.
O tricolor voltou a acertar a trave do goleiro atleticano aos 13 minutos com Paulinho Bóia chutando de fora da área. Apostando sempre no ataque pelo lado direito, o Atlético levava pouco perigo, sem exigir a participação de Tiago Volpi. Nas poucas chances dos minutos iniciais, Sasha teve a chance de cruzar para Keno, mas optou pelo chute e ganhou escanteio para o Atlético.
O bombardeiro do São Paulo continuou com boas finalizações de Paulinho Bóia. Aos 28 minutos, em novo erro na saída de bola da defesa alvinegra, o ataque são paulino conseguiu, finalmente, balançar as redes de Rafael. Impedido, Luciano comemorou, mas o gol foi anulado pelo árbitro de vídeo em um lance extremante difícil para análise.
Bruno Cantini / Agência Galo / Clube Atlético Mineiro
Personagem de destaque na comemoração do título no final de semana ao segurar a foto do pai que faleceu, vítima da Covid-19, Alan Franco colocou ponto final na pressão adversária e marcou o primeiro gol com a camisa do Atlético. Jair deu lindo passe para o venezuelano tirar o zero do placar. A equipe de Fernando Diniz esboçou uma reação, mas, novamente, Alan Franco ampliou o placar após assistência de Hyoran. Ainda no primeiro tempo, o VAR analisou as imagens para um possível pênalti a favor do Galo, mas a equipe responsável pelas imagens sequer chamou Jean Pierre até o monitor.
Fernando Diniz realizou três substituições, uma no intervalo e duas no oitavo minuto do segundo tempo, mas não conseguiu repetir o ímpeto dos minutos iniciais da primeira etapa. O ritmo de jogo foi menos intenso e o Atlético não teve pressa para chegar até o gol adversário. Autor do gol do título contra o Tombense, Jair voltou a balançar as redes ao marcar o terceiro gol alvinegro, aos 13 minutos. O São Paulo foi para as cordas de vez e assustou apenas em uma bobeada de Rafael, aos 17 minutos, mas o goleiro se recuperou no lance e fez a defesa.
Após acertar a trave de Volpi, Keno deixou o gramado para a entrada de Marquinhos. O atacante deu velocidade ao ataque atleticano e exigiu a análise de Jean Pierre no VAR para uma possível expulsão de Diego, que teria agarrado a camisa de Marquinhos em uma bobeada na defesa. Novamente, Jean Pierre nada marcou. Aos 34 minutos, Jorge Sampaoli fez três mexidas de uma só vez ao substituir, Hyoran, Sasha e Jair por Marrony, Savarino e Guga. Pouco depois, Fábio Santos entrou na vaga de Guilherme Arana.
Com ataques esporádicos nos minutos finais, o time de Sampaoli segurou a vantagem contra um São Paulo que não lutava para diminuir placar. Foi a oitava vitória seguida no Mineirão, melhor sequência atleticana, desde a reinauguração do estádio, em 2013, confirmando que o alvinegro, acostumado com o Horto, está à vontade no Gigante da Pampulha.
No domingo, o Atlético deixa Belo Horizonte e viaja até Curitiba, onde enfrenta o Coxa em busca da vice-liderança do Brasileiro. Com uma rodada a menos, o Atlético encerra a rodada atrás do líder Internacional e do segundo colocado São Paulo.