FOTO: ATLÉTICO
Tem que ser sofrido? Nem sempre. O atleticano comemorou a conquista do Campeonato Mineiro em um jogo sem adrenalina no Mineirão. Com a vantagem de jogar por um empate para erguer a taça, o Atlético não deu chance para o azar e pressionou o Tombense desde o primeiro minuto.
Como sempre, Jorge Sampaoli levou a campo um time diferente em relação ao jogo anterior. Guga, Hyoran e Marrony deram lugar a Mariano, Franco e Allan. Quando a bola rolou, o comportamento da equipe alvinegra mostrava que a intenção era decidir a final ainda no primeiro tempo. Apesar dos seguidos erros na conclusão dos ataques, o Galo conseguiu ter a posse de bola e ficar sempre no campo do adversário, fazendo com que Rafael se tornasse mero espectador na decisão.
Sem Nathan, no departamento médico, e Hyoran, no banco de reservas, coube a Alan Franco ser o fator surpresa na área. Referência na frente, Sasha mostrou maior desenvoltura que Marrony, concorrente de posição, nas vezes em que foi acionado. Quando Ronei Cândido Alves interrompeu a partida para hidratação dos atletas, a impressão é que o Atlético é quem buscava a virada para garantir o título.
Após insistentes jogadas de ataque, Savarino balançou as redes de Felipe, mas o atacante venezuelano estava em posição de impedimento. Até os 47 minutos da primeira etapa, a síndrome de segundo tempo parecia que iria se repetir mais uma vez no Mineirão. Dos últimos doze gols marcados pelo Galo, onze haviam sido após o intervalo. Jair pôs fim à sequência nos acréscimos do primeiro tempo. Guilherme Arana cobrou escanteio e o camisa 8 subiu sozinho para cabecear e colocar o alvinegro na frente do placar. Para levar a taça para o interior, o Tombense teria que marcar dois gols na equipe de Sampaoli, fato que aconteceu apenas duas vezes nas doze vezes em que o técnico dirigiu o Atlético.
O Tombense passou a arriscar mais no segundo tempo, mas a superioridade do elenco atleticano fez a diferença em campo. Sampaoli trocou Keno e Sasha por Marquinhos e Marrony, respectivamente. Na última alteração, Savarino deixou o gramado para a entrada de Hyoran. Dos quinze jogos disputados no estadual, Allan, Marquinhos e Hyoran ficaram de fora em apenas uma ocasião. Apesar de fazer apenas três trocas no time, o treinador argentino não pôde fazer outras alterações, pois já havia interrompido o jogo três vezes para substituições.
Amarelado no primeiro tempo, Allan foi expulso após empurrar o árbitro Ronei por entender que Rodrigo, do Tombense, deveria receber cartão vermelho após uma falta dura no meio-campo. Marrony ainda teve oportunidade de ampliar o placar após contra-ataque rápido do Atlético, mas Felipe, com grande atuação nos dois jogos, defendeu a finalização do atacante.
Com a vitória, o Atlético soltou o grito de campeão após três anos. A taça erguida pelo capitão Réver foi a 45ª do Mineiro, confirmando o posto de maior campeão estadual em Minas Gerais. Sérgio Sette Câmara comemorou o primeiro título da gestão e Lásaro Cândido da Cunha, vice-presidente, aproveitou para provocar no Twitter, parabenizando o Uberlândia, campeão do Troféu Inconfidência, competição disputada pelo Cruzeiro após eliminação na primeira fase.
? É CAMPEÃO!
Atlético conquista seu 45º título estadual: https://t.co/YGpscFA2bc
Vamos, #Galo! #TOMxCAM ?? pic.twitter.com/bujxPSEbZp
— Atlético ? (@Atletico) August 30, 2020