FOTO: PEDRO SOUZA/ATLÉTICO
Tombense e Atlético, líder e terceiro colocado da primeira fase, respectivamente, se enfrentaram, no Mineirão, pelo primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro. O clube de Tombos chegou na decisão graças a uma ótima campanha. Foram dez partidas disputadas, dez vitórias, dois empates e apenas uma derrota, que deu a vantagem ao Tombense de jogar por dois empates na final. Apesar das boas defesas do goleiro Felipe Garcia, o técnico Eugênio Souza viu a vantagem para o jogo da volta acabar no último segundo antes do apito final.
Antes da bola rolar, na divulgação da escalação, até mesmo os torcedores que prometeram não se surpreender mais com as decisões de Jorge Sampaoli ficaram surpresos. O treinador argentino optou pela volta de Guga em um time extremamente ofensivo, com um volante e quatro atacantes. Quem apostou que Junior Alonso seria poupado, errou de novo, Allan foi para o banco de reservas e Eduardo Sasha começou, pela primeira vez, uma partida como titular.
A esperada retranca da equipe do interior aconteceu. O Tombense encontrou dificuldades para propor o jogo e viu intensa troca de passes e posse de bola do Atlético, mas com o alvinegro repetindo a mesma dificuldade de finalização apresentada contra Internacional e Botafogo. Os principais lances de perigo vieram em chutes de fora da área com Hyoran, em cobrança de falta, Arana e Keno. Com as roubadas de bola na intermediária do adversário, Alonso e Réver subiam cada vez mais, permitindo que o alvirrubro apostasse nos contra-ataques com Ortega e Marquinhos buscando Rubens, artilheiro da competição.
Apagados em campo, Savarino e Marrony foram substituídos, no intervalo, por Alan Franco e Marquinhos. O jovem, prata da casa, deu maior movimentação ao ataque atleticano. Keno passou a jogar pelo lado direito e Sasha ficou como referência na área colocando ponto final na confusa troca com Marrony na primeira etapa. Para jogar com os dois atacantes, Sampaoli terá que aprimorar a comunicação entre essas peças para alcançar melhor movimentação e aproveitar melhor os espaços.
Mesmo com as mudanças, o Atlético não apresentava o volume de jogo imaginado pelos torcedores ao enfrentar uma equipe de orçamento muito inferior. Para complicar ainda mais o cenário para Jorge Sampaoli, o árbitro marcou pênalti de Junior Alonso em Rubens, após consulta ao VAR. O próprio Rubens cobrou, Rafael acertou o canto, mas não alcançou e o atacante anotou o sétimo gol no Campeonato Mineiro.
Atrás do placar, o apagado Hyoran saiu para a entrada de Bruno Silva. No minuto seguinte, o vilão Junior Alonso chutou, o herói Felipe Garcia falhou e, no rebote, Sasha marcou o primeiro gol com a camisa do Atlético. Com a entrada de Bruno Silva, Sasha passou a sair da área novamente para ajudar na criação do time. Aos 33 minutos, Sampaoli queimou as últimas substituições com a saída de Sasha e Guga para as entradas de Allan e Mariano. Rafael chegou a fazer uma boa defesa no final de um jogo que se arrastava para o empate.
Devido ao alto número de substituições e tempo parado para análise do árbitro de vídeo, Marco Aurelio Fazekas deu sete minutos de acréscimo no Mineirão. Nos segundos finais, Keno, que não fazia um bom jogo, chutou e a bola desviou em dois jogadores do Tombense, tirando qualquer chance de defesa do goleiro Felipe. Virada atleticana e vantagem em mãos para a grande decisão, no domingo.
A partida de volta acontece no próximo domingo (30), às 16h, dessa vez, com mando de campo do Tombense. Enquanto a equipe de Tombos busca o título inédito na história do clube, o Galo pode levantar a taça do estadual pela 45ª vez. Para ficar com o título, o Atlético só precisa de um empate.