Primeiras entrevistas mostram perfil “Serginho paz e amor” no Galo

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Através do Twitter, Sérgio Sette Câmara publicou, no dia 23 de dezembro, que o ciclo como presidente do Atlético chegava ao fim. A posse do xará Sérgio Coelho está prevista para o dia 4 de janeiro, mas os holofotes da mídia já estão apontados na direção do novo mandatário. Se o triênio do antecessor foi marcado por polêmicas nas idas aos microfones, as primeiras entrevistas de Sérgio Coelho mostram que o dirigente seguirá uma linha mais amena nos discursos.

Ao responder sobre os assuntos mais frequentes em lives, programas de TV e coletivas, Coelho optou por um texto padrão. O torcedor que tem assistido todas as participações já sabe acompanhar as falas e até repetir a sequência de palavras em alguns assuntos. A mudança interfere na quantidade de manchetes e aspas fornecidas para a imprensa. Nenhuma fala impactante para garantir os cliques dos leitores, o que causa certa carência na área, mas gera um conforto institucional necessário para o momento do Atlético.

Talvez esse tenha sido o motivo que levou o grupo dos 4 R, com Ricardo Guimarães, Renato Salvador, Rafael e Rubens Menin optarem pelo novo perfil para assumir a cadeira da presidência. Sette Câmara comprou brigas necessárias, mas pecou pelo excesso na maioria das vezes. Já nos primeiros meses à frente do clube, a demissão de Oswaldo de Oliveira e a proibição da entrada do jornalista Léo Gomide na Cidade do Galo iniciaram a série de polêmicas. Na sequência, críticas à Sul-Americana, atritos com a emissora detentora dos direitos de transmissão da copa e declarações que irritaram os torcedores e deram início à uma constante rivalidade entre a arquibancada e o presidente do clube.

Com a contagem regressiva para a inauguração da Arena MRV, bom time, treinador e diretor de futebol, não há motivos para atritos em qualquer área. O fim das eleições municipais dá, pelo menos por hora, uma tranquilidade na relação entre a Sede de Lourdes e o prefeito Alexandre Kalil, que ainda possui influência entre os conselheiros. Daniel Nepomuceno também aparecia na lista de alfinetadas constantes quando administrações passadas eram citadas.

Para ter um voo tranquilo, basta que Sérgio Coelho não faça manobras arriscadas e é essa a impressão que fica nas primeiras aparições. Nessas novas páginas vividas pelos torcedores, dirigentes, jornalistas e demais pessoas envolvidas no mundo do futebol, a diminuição do nível de adrenalina pode fazer bem. Falta a bola na casinha.

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