Rafael Menin planeja Galo com R$ 500 milhões anuais e situação única na América Latina

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

A intensa movimentação do Atlético no mercado de transferências chamou a atenção de clubes e torcedores de todo o país para os principais responsáveis pela chegada dos reforços em Minas Gerais. Manchetes passaram a destacar os empréstimos da família Menin ao Galo, além da doação do terreno onde será construída a Arena MRV e a compra dos ‘naming rights’ do estádio. Rafael Menin, filho de Rubens, é vice-presidente do Conselho Deliberativo do Atlético e tem sido o braço direito de Sérgio Sette Câmara no planejamento de mudanças em todo o clube.

Em entrevista à Rádio da Massa, Rafael revelou parte do que é esperado pela instituição para os próximos anos. Segundo o presidente da MRV, a intenção é reduzir cerca de R$ 50 milhões anuais com despesas diversas. Além de enxugar os gastos, Menin acredita que haverá um ganho inicial de outros R$ 50 milhões com novas receitas. Após a inauguração da Arena MRV, outros R$ 50 milhões seriam acrescentados ao orçamento anual do Galo.

O primeiro passo, segundo Rafael, seria deixar o alto valor pago em juros para trás. Para que isso aconteça, a ideia inicial seria a venda dos 49,9% do Shopping Diamond Mall que ainda pertencem ao Atlético. Nos últimos dez anos, o clube teria pagado cerca de R$ 500 milhões em juros e multas, segundo o vice-presidente do Conselho.

“Parece fazer sentido a alienação ou venda dos 50% restantes (do Diamond) e deixar de pagar os R$ 50 milhões de juros (anuais). Ao fazer isso, o Atlético vai ser o único time do Brasil sem endividamento, com exceção do Profut. Nós podemos ter, em breve, uma arena 100% quitada, o melhor CT do Brasil e também um balanço patrimonial mais saudável do Brasil. Nós vamos ter o maior patrimônio líquido do Brasil e o menor endividamento do Brasil, mas com isso a gente teria que vender o Diamond Mall. Se a venda não for o caminho escolhido pelo Conselho, nós vamos ter um caminho mais tortuoso, mais longo, que vai demandar muito mais trabalho, mas também é possível” disse.

Enxugando os gastos, aumentando a renda e equacionando o endividamento, Rafael Menin acredita que o Galo estará em destaque não só no país, mas em toda a América Latina. Para cumprir o primeiro passo, Menin contou que, apesar dos reforços e da comissão técnica de Jorge Sampaoli, a folha salarial está menor em 2020.

“Nós estamos falando de um clube que vai sair de uma receita por volta de R$ 330 milhões de reais por ano e que a gente acha que dá para chegar perto dos R$ 500 milhões de reais por ano com receita. Gastando, na despesa administrativa, R$ 50 milhões de reais a menos por ano. Isso faz com que o clube terá um balanço completamente diferente e um espaço para eventuais investimentos no futebol maior do que o que nós temos hoje”, concluiu.

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