FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO
A vitória sobre o Coritiba foi a última do Galo atuando no Mineirão na década passada. Desde a reinauguração do estádio, em fevereiro de 2013, o Atlético pouco atuou no Gigante da Pampulha como mandante. Foi no Independência que o alvinegro fez o termo “caiu no Horto, tá morto” ficar conhecido em todo o país. De volta ao Mineirão em 2020, o clube não pôde contar com a Massa na arquibancada, mas teve um time forte em campo na reta final do estadual e na disputa do Brasileiro. Entre os quinze treinadores que comandaram o Galo no estádio, os números de Sampaoli impressionam, mas ainda faltam as taças erguidas pelos antecessores para que o argentino se torne o rei do Mineirão.
Quando Atlético e Cruzeiro se enfrentaram na reinauguração, em 2013, Cuca já estava no cargo há um ano e meio, tinha um bom time em mãos e figurava entre os favoritos para a disputa da Libertadores. O treinador perdeu os dois clássicos do estadual, mas ficou com a taça do campeonato, graças à vantagem conquistada no jogo de ida da final. Em 2013, Cuca comemorou “apenas” duas vitórias no Mineirão, ambas como mandante, mas uma delas, contra o Olimpia, garantiu a maior conquista da história do clube.
Na temporada seguinte, Paulo Autuori deixou escapar o título do Mineiro após empatar sem gols com o Cruzeiro. Levir assumiu o time, foi campeão da Recopa, venceu clássicos, alcançou viradas histórias contra Flamengo e Corinthians e conquistou a Copa do Brasil. A sequência de canecos fez o atleticano chamar a casa recém reformada de “salão de festas”.
Em 2015, Levir continuou dando trabalho para o Cruzeiro, ficou invicto nos três clássicos como visitante, eliminou o rival do estadual e seguiu na disputa do título regional. Com arquibancada cheia, venceu jogos importantes do Brasileiro e manteve o alto aproveitamento no estádio. Burro, com sorte e ofensivo, Levir possui a mesma média de gols que Sampaoli, no Mineirão, mas o argentino leva a melhor na média de gols sofridos. Considerando apenas os números como mandante, o ataque com Levir no banco de reservas foi ainda mais letal e possui média superior ao setor comandando por Sampaoli.
A briga entre a dupla é boa e mostra características semelhantes entre as campanhas. Além dos canecos, pesa a favor de Levir Culpi o fato de não ter perdido no estádio como visitante após a reforma. Foram seis jogos, três empates e três vitórias. Com o Cruzeiro na segunda divisão, Jorge Sampaoli enfrentou, como visitante, apenas o Tombense, na final do Mineiro.
A conquista do Mineiro 2020 põe fim a um período resultados ruins em momentos decisivos no gigante da Pampulha nos últimos anos. Eliminado da Copa Libertadores, em 2017, pelo Jorge Wilstermann, e na fase de grupos, em 2019, o Atlético se também se despediu da Sul-Americana, contra o Colón, em 2019, em Belo Horizonte. Ainda no estádio, o Galo deixou escapas taças contra o América, na final do Mineiro 2016, e perdeu o jogo de ida para o Grêmio, pela final da Copa do Brasil de 2016.
Com a promessa de um time ainda mais forte em 2021 e continuidade no trabalho, Jorge Sampaoli segue na busca de grandes títulos, de preferência erguidos no salão de festas do atleticano, para se tornar o novo rei do Mineirão.
Números dos treinadores que mais comandaram o Atlético no Mineirão.
JOGOS
Levir: 19
Sampaoli: 18
Marcelo Oliveira: 8
Rodrigo Santana: 5
Roger Machado: 5
Cuca: 5
APROVEITAMENTO
Levir: 75,4%
Sampaoli: 83,3%
Marcelo Oliveira: 62,5%
Rodrigo Santana: 20%
Roger Machado: 33,3%
Cuca: 40%
MÉDIA DE GOLS PRÓ
Levir: 2,2
Sampaoli: 2,2
Marcelo Oliveira: 2
Rodrigo Santana: 0,6
Roger Machado: 1,2
Cuca: 1,4
MÉDIA DE GOLS CONTRA
Levir: 1,1
Sampaoli: 0,7
Marcelo Oliveira: 1,4
Rodrigo Santana: 1,8
Roger Machado: 1
Cuca: 1,8