Vitória contra o Flamengo foi a maior na gestão Sette Câmara

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FOTO: PEDRO SOUZA/ATLÉTICO

Fechando a última rodada do Brasileiro 2018, o Athletico Paranaense venceu o Flamengo por 2 a 1, em pleno Maracanã, confirmando o vice-campeonato dos cariocas. Meses depois, o rubro-negro começava a montar a equipe que conquistaria o estadual, Brasileiro e a Libertadores 2019. O mesmo Athletico Paranaense, responsável pela última derrota no Maraca, arrancaria um empate eeliminaria o Flamengo da Copa do Brasil na disputa por pênaltis. Pela Libertadores, o Peñarol bateu o Flamengo, ainda comandado por Abel Braga.

Depois disso, o campeão brasileiro de 2019 não perdeu mais no Maracanã. Além das taças, o time de Jorge Jesus garantiria uma temporada de invencibilidade como mandante no Campeonato Brasileiro. Na competição, foram duas ocasiões sem balançar as redes no estádio que Pelé marcou o milésimo gol. Contra o Fluminense, como visitante, em junho de 2019, e contra o São Paulo, em setembro.

Após a vitória deste domingo, Sampaoli encarou o feito como adrenalina passageira em uma tabela com jogos a cada setenta e duas horas.

“Em um torneio em que não há pausa, certamente isto (vitória no Maracanã) vai ser esquecido muito rapidamente”, disse o treinador.

Mesmo que resultados ruins tirem o foco da vitória na estreia do Brasileiro 2020, essa é a maior vitória na gestão de Sette Câmara. Em 2018, com eliminação na primeira fase da Sul-Americana, eliminado pela frágil Chapecoense e sem vitória de destaque no Brasileiro, a temporada foi apagada. Em 2019, vice no estadual, eliminado na fase de grupos da Libertadores, 13º no Brasileiro e semifinalista em uma Sul-Americana sem grandes times de expressão. Veio 2020 e duas eliminações precoces, na Sul-Americana e Copa do Brasil, desapontaram o atleticano. Por ironia, até então, talvez a maior vitória tenha sido fora de casa, em 2019, contra o Santos de Sampaoli.

O Galo dos últimos anos foi um time sem sal, sem emoção e sem resultados. Mesmo que exista imensa rivalidade entre os clubes, é preciso entender que o Flamengo é o time a ser batido no país. Alvo de todos os demais times da tabela, viu a invencibilidade cair para um time que não tinha forças para encarar o Afogados há alguns meses. Seria uma injustiça enorme esquecer assim, Sampa. Mesmo que o esporte seja extremamente injusto.

Dez jogos invicto, seis com o atual treinador, e enquanto os cariocas têm a mesma base do time do ano passado, o Galo teve dez jogadores vestindo a camisa alvinegra pela primeira vez em Brasileiro. Competição que o Atlético, na década, comemorou apenas uma vitória contra o rubro-negro como visitante.

Não que isso seja uma grande referência, diante da coleção de tantos resultados pífios, desde a eliminação para o Jorge Wilstermann, em 2017, mas os comandados de Sampaoli alcançaram a maior vitória dos últimos anos. Por ironia, o vexame contra o Wilstermann aconteceu no dia 9 de agosto de 2017, exatos três anos antes do raro sorriso de Sampaoli ao deixar o gramado do Maraca. Que, em breve, essa tenha sido apenas mais uma vitória na rotina de uma instituição vitoriosa. Não foi final antecipada, aliás, longe disso. Foi apenas o primeiro passo.

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