EM COPAS A CONVERSA É DIFERENTE

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Time copeiro. Uma expressão que poucos clubes do Brasil tem o orgulho de ostentar. Um time copeiro é aquele time que é um pesadelo de se enfrentar quando o assunto é copas, quando se fala de mata-mata. Não importa o momento, quando se chega num mata-mata vira outro e se agiganta. É seguro dizer que o cruzeirense tem o privilégio de torcer por um dos times mais copeiros do continente.

Não é só pela sala de troféus abarrotada com conquistas do passado. A recente Copa do Brasil 2017 foi sofrida, mas a taça veio pra nossa prateleira. Em 2018 a história se mantém e nas últimas semanas tivemos prova da força celeste quando o assunto é copas: vitória no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil e vitória no jogo de ida nas oitavas de final da Libertadores, com apenas uma semana entre as partidas. E o mais impressionante: ambas fora do Mineirão.

Contra o Santos, o jogo não foi de bom nível, mas foi o suficiente para o garoto Raniel (um jogadorasso que veio numa negociação de mestre em 2016) garantir o 1×0 para o Cruzeiro e trazer a vantagem do empate para o jogo da volta no Mineirão. Mas contra o Flamengo meu amigo, que partidaça do clube celeste!

Cruzeiro Esporte Clube: quando o assunto é mata-mata, a conversa é outra

A Raposa Baguda fez valer a vantagem de ser o único clube nestas oitavas de final da Libertadores jogando duas partidas em casa. Na sua primeira partida como mandante recebeu o visitante Flamengo no palco mais sagrado do futebol mundial. O vice-campeão da Copa do Brasil 2017 sentiu falta do goleiro Muralha, que havia garantido um empate na final do ano passado. Diego Alves, parece sofrer de stress pós-traumático dos seus tempos em Vespasiano e sentiu a pressão do caldeirão formado pela torcida celeste no Maracanã, e teve desempenho inferior ao goleiro flamenguista de 2017. Um 2×0 que ficou barato e o Flamengo não deu nem pro cheiro.

O que vimos Dedé fazer neste jogo é caso de estudo: 16 cortes, 7 duelos vencidos em 9 e 0 faltas cometidas. O mito ficou 3 anos parado, voltou a jogar apenas uns meses atrás e está melhor do que nunca. Merecia mais do que a 63º colocação na lista de maiores brasileiros de todos os tempos. Não é o melhor zagueiro do Brasil não, você que é.

Arrascaeta se torna o maior artilheiro estrangeiro da história do Cruzeiro, 46 gols marcados. Estamos presenciando a história sendo escrita com o camisa 10 uruguaio. Não só pelos gols, mas por uma qualidade rara no futebol brasileiro: ser decisivo. Vários gols em clássicos, gol em final de Copa do Brasil, gol em mata-mata de Libertadores, gols em jogos grandes do Brasileirão. Um caminhão de assistências. Há quem não goste, mas garanto que sua falta será sentida quando não vestir mais a farda azul e branca.

”Cascudo e experiente”. As palavras de Thiago Neves ao final do jogo no Maracanã resumem bem o elenco do Cruzeiro. Se falta juventude e força para competições simultâneas ou um título do Brasileirão, quando o assunto é copas é outra análise. Ainda que o nível em vários jogos seja abaixo do que pode jogar, temos jogadores acostumados à jogos grandes, que crescem em decisões e também calejados por derrotas. Ganhar dos caras num mata-mata é difícil, sabem o que fazer.

CONTRATEM O VELOCISTA QUE FALTA, aquele prometido desde antes da parada da Copa do Mundo, e a temporada pode ser histórica.

Assista aos bastidores da vitória épica em pleno Maracanã aqui.

#VamoQueVamo

Fotos: Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.

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