FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR / CRUZEIRO E.C.
Os trabalhos do Cruzeiro para a temporada de 2022 já começaram. Com uma nova comissão técnica, reforços e a promessa de que o clube terá um ano mais tranquilo nos bastidores após a aquisição de Ronaldo, o time já trabalha sua pré-temporada visando a estreia do Campeonato Mineiro no próximo dia 26.
E o comandante responsável pela retomada da equipe nessa nova fase é o uruguaio Paulo Pezzolano. Contratado após discutir suas ideias e estar alinhado ao que pensa a nova diretoria de futebol, Pezzolano teve seu primeiro contato com o elenco do Cruzeiro na última terça-feira (4) e hoje concedeu sua primeira entrevista coletiva à imprensa.
O técnico foi questionado sobre o seu conhecimento do elenco que irá trabalhar, possíveis reforços e deixou claro que participou desse processo de reformulação no futebol desde que foi procurado para assumir o cargo.
“Já estamos trabalhando com um plantel. Contente com os jogadores que temos. Estamos esperando mais alguns jogadores. Mas estou muito contente com tudo isso. Estamos conversando com eles, individualmente, para nos conhecermos. Gosto de falar pouco e trabalhar muito.”
“Todos os jogadores que estão chegando, todo plantel que está no Cruzeiro hoje, estivemos participando disso como comissão técnica. Sempre foi comunicado tudo, tudo bem conversado com a gente que está responsável pelo clube agora. É muito importante que saibam o que é o Cruzeiro. Eu falo com eles, estamos num time muito grande, temos que assumir a responsabilidade de estar na segunda divisão e subir. Temos um objetivo a cumprir.”
Pezzolano também foi questionado sobre o início de trabalho, onde terá apenas o Campeonato Mineiro e as fases iniciais da Copa do Brasil como desafio, mesmo sendo o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro o grande objetivo a ser alcançado pelo Cruzeiro na temporada.
“Eu sou uruguaio. E o problema do uruguaio é que não sabemos jogar amistosos. Nós vamos jogar o Mineiro pra ganhar. Obviamente, vai servir para conhecermos mais os jogadores, para que eles se adaptem ao nosso jogo. Mas todo jogo é pra ganhar. E tentaremos ganhar campeonatos, pela história do clube. Copa do Brasil, chegar o mais longe possível. Como se sai campeão? Ganhar o primeiro jogo. E pra ganhar o primeiro jogo tem que jogar cada minuto do jogo a 100%. E sem dúvida nenhuma, o acesso à primeira divisão. Se colocar o que eu prefiro, eu prefiro subir. Mas todo jogo é jogar pra ganhar.”
Apesar da ainda curta carreira como técnico, tendo apenas três clubes no currículo, Pezzolano é conhecido por montar times que valorizam a posse e o toque de bola, um futebol por vezes mais ofensivo que reativo. Você pode conferir o material que publicamos aqui no DMD com as características do novo comandante do Cruzeiro clicando aqui. O uruguaio também tem o perfil de utilizar atletas mais jovens, provenientes da base, algo que ele pretende fazer no Cruzeiro também.
“Eu gosto de trocar alguma figura dentro de campo, no sistema do jogo. Gosto do 4-3-3, 4-1-3-2, às vezes com linha de três atrás para dar mais amplitude. Isso depende do time que vou enfrentar. Mas não troco o estilo de jogo. Meu modelo de jogo é a intensidade que a equipe tem que ter, ser uma equipe competitiva, ganhadora, para frente”
“Eu gosto muito de jogar com jovens. E eles tem que estar preparados para isso. Eu já conheço muito os jogadores da base do Cruzeiro. Vamos acompanhar a Copa São Paulo para ver mais eles constantemente. Eu necessito que os jogadores estejam preparados para jogar no momento certo. Saber quando tem que jogar, no momento justo. Acho que no Cruzeiro tem que ter jogadores grandes para suportar e dar respaldo a eles.”
O treinador ressaltou que sua decisão por encarar esse desafio no Brasil, especificamente no Cruzeiro, se deu por conta do projeto apresentado. Pezzolano recebeu propostas de clubes como o Colón e o Talleres, ambos da Argentina e que disputarão a Copa Libertadores de 2022, mas preferiu assumir a Raposa após conversar com a equipe de Ronaldo.
“Tenho 38 anos. Tive a sorte de ter algumas propostas de alguns times, times para jogar Libertadores, time da Argentina, de outros lugares. Mas quando apareceu o nome Cruzeiro, pegou forte. Cruzeiro no mundo, o nome, o escudo pesa muito. Então gostei muito. É um momento bom para sofrer um pouco com o clube e sair para a frente, deixar uma marca no clube. É o que eu quero na vida. Um casamento muito interessante. E a empresa que está encabeçada por Ronaldo, muita gente séria, muita organização e isso ajuda muito a gente a trabalhar. É muito bom pra qualquer um vir a trabalhar em um clube assim.”
“Para chegar ao Cruzeiro conversei com o Pedro (Martins) diretor de futebol, conversei com pessoas que trabalham com o Ronaldo, com o Paulo André. Estamos falando com todos. Mas com o Pedro conversamos muito. Me escolheram pelo estilo de jogo que nós temos como comissão técnica. Eu não sei fazer outro estilo de jogo que não seja esse. Falamos muito sobre metodologia de trabalho e eles gostaram. E é o que vamos fazer.”